A Arvut (Garantia Mútua)Continuação de “Matan Torá”Todos de Israel são responsáveis um pelo outro (Sanhedrin, 27b, Shavuot 39)Isto serve para falar da Arvut (Garantia Mútua), quando todos de Israel se tornaram responsáveis um pelo outro. Porque a Torá não lhes foi dada a eles antes que todo e cada um de Israel foi questionado se ele concordava a tomar sobre si mesmo o Mitzva (preceito) de amar os outros na completa medida, expressa nas palavras: “Ama teu amigo como a ti mesmo” (como explicado nos Itens 2 e 3, examine-o cuidadosamente lá). Isto significa que todo e cada um em Israel tomaria sobre si mesmo a cuidar e trabalhar para cada membro da nação, e de satisfazer todas suas necessidades de cada, não menos que a medida impressa nele de cuidar de suas próprias necessidades.E assim que toda a nação unanimemente concordou e disse, “Nós faremos e nós escutaremos,” cada membro de Israel se tornou responsável que nada estivesse em falta de qualquer outro membro da nação. Apenas então se tornaram eles dignos de receber a Torá, e não antes.Com esta responsabilidade colectiva, cada membro da nação foi liberado de se preocupar sobre as necessidades de seu próprio corpo e poderia manter o Mitzva, “Ama teu amigo como a ti mesmo” na mais completa medida, e dar tudo o que ele tinha a qualquer pessoa necessitada, uma vez que ele não mais se preocupava com a existência do seu próprio corpo, pois ele sabia de certeza que ele estava rodeado de seiscentos leais amantes, que estavam prontos a providenciar para ele.Por esta razão, eles não estavam prontos a receber a Torá no tempo de Abraão, Isaac, e Jacó, mas apenas quando eles saíram do Egipto e se tornaram uma nação completa. Apenas então houve uma possibilidade de garantir as necessidades de cada um sem qualquer cuidado e preocupação.Contudo, enquanto eles estavam ainda misturados com os Egípcios, uma porção de suas necessidades era necessariamente dada para as mãos destes selvagens, permeados com amor próprio. Logo, a porção que é dada para as mãos dos estrangeiros não será assegurada para qualquer pessoa de Israel pois seus amigos não serão capazes de providenciar essas necessidades, pois elas não serão uma posse deles. Consequentemente, enquanto o individuo é incomodado com preocupações por si mesmo, ele é incapaz de sequer começar a manter o Mitzva, “Ama teu amigo como a ti mesmo.”E você descobre evidentemente que a entrega da Torá tinha de ser atrasada até que eles saíssem do Egipto e se tornassem uma nação de si mesmos, para que todas suas necessidades fossem providenciados por e para eles mesmos, sem dependência de outros. Isto qualificou-os a receber a mencionada Arvut, e então foi-lhes dada a Torá. Acontece que até depois da recepção da Torá, se uma mão cheia de Israel atraiçoarem e voltarem à imundice do amor próprio, sem consideração de seus amigos, essa mesma quantia de necessidade que é colocada nas mãos desses poucos sobrecarregaria Israel com a necessidade de providenciarem para ela eles próprios.Isto é porque esses poucos não terão pena deles de todo; então, o preenchimento do Mitzva de amar o seu amigo será prevenido do todo de Israel. Logo, esses rebeldes causam aos que mantêm a Torá a permanecer na sua imundice de amor próprio, pois eles não serão capazes de se empenhar no Mitzva, “Ama teu amigo como a ti mesmo,” e completarem seu amor pelos outros sem sua ajuda.Como resultado, todos de Israel são responsáveis um pelo outro, tanto no lado positivo e no lado negativo. No lado positivo, se eles mantêm a Arvut até que cada cuide e satisfaça as necessidades de seus amigos, eles podem manter na totalidade a Torá e Mitzvot, isto é trazer contentamento a seu Fazedor (Item 13). E no lado negativo, se uma parte da nação não quer manter a Arvut, mas em vez disso escolhe chafurdar em amor próprio, eles causam ao resto da nação a permanecer na sua imundice e humildade sem sequer encontrarem uma saída de sua imundice.18) Desta forma, o Tana (Rabi Shimon Bar Yochai) descreveu a Arvut como duas pessoas num barco, quando uma delas começou a furar um buraco no barco. Seu amigo perguntou, “Porque estás tu a furar?” Ele respondeu, “O que é que isto lhe diz respeito? Eu estou a furar por baixo de mim, não por baixo de ti.” Então ele respondeu, “Tolo! Iremos ambos nos afogar juntos!” (VaYikra Rabba, Capitulo 4).Disto nós aprendemos que uma vez que esses rebeldes chafurdam em amor próprio, por suas acções eles constroem uma parede de ferro que previne os observadores da Torá de sequer começarem a manter na totalidade a Torá e Mitzvot na medida de “Ama teu amigo como a ti mesmo,” que é a escada para alcançar Dvekut (adesão) com Ele. E quão certas foram as palavras do proverbio que disseram, “Tolo, iremos ambos nos afogar juntos!”19) Rabi Elazar, filho de Rashbi (Rabi Shimon Bar-Yochai), clarifica este conceito da Arvut ainda mais. Não é suficiente para ele que todos de Israel sejam responsáveis um pelo outro, mas que o mundo inteiro seja incluído nessa Arvut. Certamente, não há disputa aqui, pois cada um admite que para começar, é suficiente começar com uma nação pela observação da Torá para o principio da correcção do mundo. Foi impossível começar com todas as nações de uma vez, como eles disseram que o Criador foi com a Torá a cada nação e língua, e elas não a quiseram receber. Por outras palavras, elas estavam imersas na imundice de amor próprio até aos seus pescoços, alguns com adultério, alguns com roubo e assassínio e assim por diante, até que foi impossível de conceber, nesses dias, de sequer questionar se elas concordavam a se retirarem do amor próprio.Desta forma, o Criador não descobriu uma nação ou uma língua qualificada a receber a Torá, excepto os filhos de Abraão, Isaac, e Jacó, cujo mérito ancestral reflectiam sobre eles, como nossos sábios disseram, “Os Patriarcas observaram toda a Torá até antes de ela ter sido entregue.” Isto significa que devido à exaltação das suas almas, eles tinham a habilidade de alcançar todas as maneiras do Criador com respeito à espiritualidade da Torá, que advém de sua Dvekut, sem primeiro precisarem da escada da parte prática da Torá, a qual eles não tinham qualquer possibilidade de observar de todo, como escrito em “Matan Torá,” Item 16.Indubitavelmente, tanto a pureza física e a exaltação mental de nossos Sagrados Pais influenciou grandemente seus filhos e os filhos de seus filhos, e sua justiça se reflectiu sobre essa geração, cujos membros todos assumiram esse sublime trabalho, e todo e cada um afirmou claramente, “Nós faremos e nós escutaremos.” Devido a isso, nós fomos escolhidos, por necessidade, a sermos um povo escolhido de entre todas as nações. Então, apenas os membros da nação Israelita foram admitidos na requisitada Arvut, e não as nações do mundo de todo, pois elas não participaram nela. E esta é a realidade simples, e como podia Rabi Elazar discordar com ela?20) Mas o fim da correcção do mundo será ao trazer todas as pessoas no mundo sob Seu trabalho, como está escrito, “E o Senhor será Rei sobre toda a terra; nesse dia será o Senhor Um, e Seu nome um” (Zacarias, 14:9). E o texto especifica, “nesse dia,” e não antes. E existem vários outros versos, “pois a terra estará cheia do conhecimento do Senhor…” (Isaías, 11:9) “…e todas as nações fluirão para ele” (Isaías, 2:2).Mas o papel de Israel para o resto do mundo assemelha-se ao papel de nossos Sagrados Pais para a nação Israelita: tal como a justiça de nossos pais nos ajudou a desenvolver e purificar até que nos tornássemos dignos de receber a Torá, não fossem nossos pais, que observaram a Torá antes de ela ser entregue, nós não seriamos certamente melhores que o resto das nações (Item 12).Também, cabe à nação Israelita se qualificar a si mesma e a todas as pessoas do mundo através da Torá e Mitzvot, a se desenvolverem até que elas tomem sobre si mesmas esse sublime trabalho do amor de outros, que é a escada para o propósito da Criação, que é Dvekut com Ele.Logo, todo e cada Mitzva que uma pessoa de Israel executa em prol de trazer contentamento a seu Fazedor, e não por qualquer gratificação própria, ajuda, até certa medida, com o desenvolvimento de todas as pessoas do mundo. Isto é porque ele não é feito de uma vez, mas por lento, desenvolvimento gradual, até que ele aumente a tal grau que ele pode trazer todas as pessoas no mundo à desejada pureza. E isto é o que nossos sábios chamam “deslocar a balança para a virtude,” isto é que o necessário peso da pureza foi alcançado. E eles comparam-o a o pesar numa balança, em que o deslocar da balança é a realização do desejado peso.21) Estas são as palavras de Rabi Elazar, filho de Rabi Shimon, que disse que o mundo é julgado por sua maioria. Ele estava a referir-se ao papel da nação Israelita a qualificar o mundo a uma certa medida de pureza, até que eles fossem dignos de tomarem sobre si mesmos Seu trabalho, não menos que Israel foram dignos na altura em que eles receberam a Torá. Nas palavras de nossos sábios, é considerado que eles tinham alcançado suficientes virtudes para superar a escala do pecado, que é a imundice do amor próprio.É claro, se a escala de virtudes, que é a sublime realização do beneficio de amar os outros, transcende a imunda escala de pecado, eles tornam-se qualificados para a decisão e acordo de dizer, “Nós faremos e nós escutaremos,” como Israel disse. Mas antes disso, antes que eles tivessem obtido suficientes virtudes, o amor próprio certamente prevaleceria e sentenciaria que eles venham a recusar assumir Seu fardo.Nossos sábios disseram, “Quem executa um Mitzva é feliz, pois ele se sentenciou a si mesmo e ao mundo inteiro a uma escala de mérito.” Isto significa que um individuo de Israel finalmente adiciona sua própria parte à decisão final, como um que pesa sementes de sésamo e as adiciona uma a uma à balança, e sem ele, a sentença nunca seria completada. Similarmente, diz-se sobre as acções de um individuo de Israel que ele sentencia o mundo inteiro a uma escala de mérito. Isto é porque quando a matéria acaba e o mundo todo foi sentenciado a uma escala de mérito, todo e cada um terá uma quota nesta deslocação, pois se não fossem suas acções, a deslocação teria sido deficiente.Então você descobre que Rabi Elazar, filho de Rabi Shimon, não disputa as palavras de nossos sábios que todos os de Israel são responsáveis uns pelos outros. Em vez disso, Rabi Elazar, o filho de Rabi Shimon, fala da correcção do mundo inteiro no tempo do fim da correcção, ao passo que nossos sábios falam do presente, quando apenas Israel assumiu a Torá.22) E isto é o que Rabi Elazar, filho de Rabi Shimon, cita dos escritos: “Um pecador destrói muitos bons.” Isto é porque já foi explicado (Item 20) que a impressão que vem a uma pessoa quando se empenhando em Torá e Mitzvot entre homem e Deus é completamente a mesma que a impressão que ele recebe quando se empenhando em Miztvot entre homem e homem. Ele é obrigado a executar todos os Mitzvot Lishma (em Seu nome), sem qualquer esperança para o amor próprio, isto é que nenhuma glória ou esperança volta para ele através de seu trabalho na forma de recompensa ou honra, etc. Aqui, neste ponto exaltado, o amor pelo Criador e o amor por seu amigo se unem e se tornam na verdade um só (ver Item 15).Logo ele afecta uma certa medida de avanço na escada do amor pelos outros em todas as pessoas do mundo em geral. Isto é porque esse grau, o qual esse individuo causou por suas acções, sejam grandes ou pequenas, derradeiramente se junta ao futuro em deslocar o mundo para uma escala de mérito, uma vez que sua quota que adicionada se junta à deslocação (como escrito no Item 20 na alegoria sobre as sementes de sésamo).E o que comete um pecado, que significa que ele não pode superar e conquistar o seu imundo amor próprio, e então rouba ou faz algo do género, se sentencia a si mesmo e ao mundo inteiro a uma escala de pecado. Isto é porque com a divulgação da imundice do amor própria a natureza baixa da Criação é reforçada. Então, ele subtrai uma certa quantia da sentença da escala final de mérito. Isto é similar a uma pessoa removendo da balança essa semente singular que seu amigo tinha lá colocado.Assim, a essa medida, ele eleva ligeiramente a escala do pecado. Acontece que ele faz regredir o mundo, como eles disseram, “Um pecador destrói muitos bons.” Porque ele não superou sua mesquinha luxuria, ele empurrou a espiritualidade do mundo inteiro para trás.23) Com estas palavras, nós claramente compreendemos o que dissemos acima (Item 5), sobre a Torá sendo entregue especificamente à nação Israelita, pois é certo e inequívoco, que o propósito da Criação reside nos ombros do todo da raça humana, pretos, brancos ou amarelos, sem qualquer diferença essencial.Mas devido à descida da natureza humana ao mais baixo grau, que é o amor próprio que governa sem restrições sobre toda a humanidade, não havia maneira de negociar com eles e os persuadir a concordar a tomarem sobre si mesmos, até como uma promessa vazia, a saírem de seu estreito mundo para os vastos espaços do amor dos outros. A excepção foi a nação Israelita porque eles foram escravizados no reino selvagem do Egipto quatrocentos anos em horríveis tormentos.Como nossos sábios disseram, “Como o sal adoça a carne, agonia lustra os pecados do homem.” Isto significa que eles trazem ao corpo grande purificação. E em acréscimo, a purificação de seus Sagrados Pais os assistiu (ver Item 16), que é o mais importante, como alguns dos versos da Torá testemunham.Devido a estes dois prefácios, eles estavam qualificados para ela. E é por isto que o texto se refere a eles na forma singular, como está escrito, “e lá Israel acampou perante a montanha,” que nossos sábios interpretaram como “um homem com um coração.”Isto é porque toda e cada pessoa da nação completamente se separou a si mesma do amor próprio, e queria apenas beneficiar seu amigo, como nós mostrámos acima (Item 16) em respeito ao significado do Mitzva, “Ama teu amigo como a ti mesmo.” Acontece que todos os indivíduos na nação se juntaram e se tornaram um coração e um homem, pois apenas então estavam eles qualificados a receber a Torá.24) Então, devido à necessidade acima, a Torá foi dada especificamente à nação Israelita, somente aos descendentes de Abraão, Isaac, e Jacó, pois era inconcebível que qualquer estranho tomasse parte nela. Devido a isso, a nação Israelita tinha sido construída como uma espécie de portaria pela qual as centelhas de pureza brilhassem sobre toda a raça humana pelo mundo fora.E estas centelhas multiplicam-se diariamente, como aquele que dá ao tesoureiro, até que elas estejam cheias suficientemente, isto é, até que elas se desenvolvam a tal medida que elas possam compreender a agradabilidade e tranquilidade que são descobertas no núcleo do amor aos outros. Pois então elas saberão como deslocar o equilíbrio para a direita, e irão colocar-se a si mesmas sob Seu fardo, e a escala do pecado será erradicada do mundo.25) Agora aqui sobra completar o que nós dissemos acima (Item 16) sobre a razão pela qual a Torá não foi dada a nossos pais, pois o Mitzva, “Ama teu amigo como a ti mesmo,” o eixo de toda a Torá e à volta do qual todos os Mitzvot giram, para a clarificar e interpretar, não podem ser observados por um individuo, mas apenas através do consentimento de uma nação inteira.E é por isto que levou até que eles saíssem do Egipto, quando eles se tornaram dignos de a observar. E então eles foram primeiro questionados se todo e cada um da nação concordava a tomar esse Mitzva sobre si mesmo. E assim que eles concordaram com ele, foi-lhes dada a Torá. Porém, ainda resta clarificar onde descobrimos nós na Torá que foram questionadas os filhos de Israel com essa pergunta, e que todos eles concordaram com ela antes de receberem a Torá.26) Tenha em mente que estas coisas são evidentes a toda a pessoa educada no convite que o Criador tinha enviado a Israel através de Moisés, antes da recepção da Torá. Como está escrito (Êxodo, 19:5), “‘Agora doravante, se vós quereis dar ouvidos a Minha voz certamente, e guardardes Meu aliança, então vós sereis Meu próprio tesouro de entre todos os povos; pois toda a terra é Minha; e vós sereis para Mim um reino de sacerdotes, e uma nação sagrada. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel.’ E Moisés veio e chamou pelos anciãos dos povos, e apresentou perante eles todas estas palavras que o Senhor lhe tinha mandado. E todos os povos responderam juntos, e disseram: ‘Tudo o que Senhor falou, nós o faremos.’ E Moisés relatou as palavras dos povos ao Senhor.”Estas palavras não parecem dignas de seu papel, porque o senso comum dita que se um oferecer ao seu amigo a fazer certo trabalho, e ele quer que ele concorde, ele deve dar-lhe um exemplo da natureza desse trabalho e sua recompensa. Apenas então pode o receptor o examinar, seja para rejeitar ou o aceitar.Mas aqui, nestes dois versos, nós parecemos nem descobrir um exemplo do trabalho nem sua recompensa, porque ele diz, “Se vós quereis dar ouvidos a Minha voz certamente, e guardardes Meu aliança,” e ele não interpreta a voz ou a aliança e a que se aplicam eles. E então ele diz, “Então vós sereis Meu próprio tesouro de entre todos os povos; pois toda a terra é Minha.”Não é claro se Ele nos manda trabalhar para sermos um tesouro [12] de entre todos os povos, ou se isto é uma promessa de bem para nós.Nós devemos também compreender a ligação com as palavras, “pois toda a terra é Minha.” Todos os três interpretes — Unkalus, Yonatan Ben Uziel, e O Yerushalmi — e todos os interpretes — Rashi, Ramban, etc. — tentam corrigir o sentido literal deste escrito. Até Ezra diz, no nome de Rabi Marinos, que a palavra “pois” significa “embora,” e ele interpreta, “então vós sereis Meu próprio tesouro de entre todos os povos; embora toda a terra seja Minha.” Até o próprio Ezra tende a concordar com isso, mas essa interpretação não coincide com nossos sábios, que disseram que “pois” serve para quatro significados: “mesmo que,” “de que,” “mas,” e “que.”E ele até acrescenta uma quinta interpretação: “embora.” E então o escrito termina, “e vós sereis para Mim um reino de sacerdotes, e uma sagrada nação.” Mas aqui, também, não é evidente por si mesmo se isto é um Mitzva, e uma pessoa deve mergulhar nele, ou uma promessa de beneficio. Também, as palavras, “um reino de sacerdotes,” não são repetidas e não são explicadas em mais lado algum na Bíblia.A coisa importante aqui é de determinar a diferença entre “um reino de sacerdotes” e “uma sagrada nação.” Pois pelo sentido vulgar de sacerdócio, este é um com santidade, e é então óbvio que um reino em que todos são sacerdotes deve ser uma sagrada nação, então as palavras “sagrada nação” parecem redundantes.27) Porém, com tudo o que explicámos desde o principio do ensaio até agora, nós aprendemos os verdadeiros significados das palavras como seus papeis devem ser — a se assemelharem a uma negociação de oferta e consentimento. Isto significa que com estas palavras, Ele oferece-os a sério toda a forma e conteudo do trabalho em Torá e Mitzvot, e sua vantajosa recompensa.O trabalho em Torá e Mitzvot é expresso nas palavras, “e vós sereis para Mim um reino de sacerdotes.” Um reino de sacerdotes significa que todos vós, dos mais jovens aos mais velhos, serão como sacerdotes. Tal como os sacerdotes não têm qualquer terra ou posses corpóreas porque o Criador é seu domínio, assim deve a inteira nação estar organizada para que toda a terra e tudo nela esteja dedicado apenas ao Criador. E nenhuma pessoa deve ter qualquer outro compromisso nela a não ser manter as Mitzvot do Criador e satisfazer as necessidades de seus similares. Logo não lhe irá faltar qualquer um de seus desejos, para que nenhuma pessoa venha a ter qualquer preocupação sobre si mesma.Desta maneira, até trabalhos mundanos tais como ceifar, semear, etc. são considerados a serem precisamente como o trabalho com os sacrifícios que os sacerdotes executaram no Templo. Como é isso diferente se eu mantenho o Mitzva de fazer sacrifícios para o Criador, que é um Mitzva positivo [13], ou se eu posso manter o Mitzva positivo, “Ama teu amigo como a ti mesmo”? Acontece que o que ceifa seu campo em prol de alimentar seus similares é o mesmo que o que sacrifica para o Criador. Além do mais, parece que o Mitzva, “Ama teu amigo como a ti mesmo,” é mais importante que o que faz o sacrifício, como nós mostrámos acima (Itens 14, 15).Certamente, este não é o final disto ainda, pois o todo da Torá e as Mitzvot foram dadas pelo único propósito de purificar Israel, que é a purificação do corpo (ver Item 12), após do qual lhe será concedida a verdadeira recompensa, que é Dvekut com Ele, o propósito da Criação (Item 15). E essa recompensa é expressa nas palavras, “uma sagrada nação.” Através da Dvekut com Ele, nós tornámo-nos santificados, como está escrito, “Vós sereis sagrados, pois Eu o Senhor teu Deus sou sagrado.”E você vê que as palavras “um reino de sacerdotes” exprime a completa forma do trabalho sobre o eixo de “Ama teu amigo como a ti mesmo,” isto é que um reino em que são todos sacerdotes, que o Criador é sua posse, e que eles não tenham qualquer posse própria de todas as posses mundanas. E nós devemos admitir que esta é a única definição através da qual nós podemos compreender as palavras, “um reino de sacerdotes.” Pois você não pode interpretá-lo em respeito aos sacrifícios no altar, pois isso não poderia ter sido dito de toda a nação, pois quem estaria a fazer os sacrifícios?Também, em respeito a tomar as dádivas do sacerdócio, quem seriam os dadores? E também, para interpretar a santidade dos sacerdotes, já foi dito, “uma sagrada nação.” Desta forma, isto deve certamente significar que é apenas que o Criador é seu domínio, que lhes falta qualquer posse material para si mesmos, isto é na completa medida das palavras, “Ama teu amigo como a ti mesmo,” que engloba toda a Torá. E as palavras “uma sagrada nação” expressão a forma total da recompensa, que é a Dvekut.28) Agora nós compreendemos na totalidade as anteriores palavras, pois ele diz, “Agora doravante, se vós quereis dar ouvidos a Minha voz certamente, e guardardes Meu aliança,” isto é fazer uma aliança sobre o que eu lhe estou a contar aqui, que vós sereis Meu próprio tesouro de entre todos os povos. Isto significa que vocês serão Meu tesouro, e centelhas de purificação e limpeza do corpo passarão por vós até todos os povos e nações do mundo, pois as nações do mundo ainda não estão prontas para isso. E a qualquer percentagem, eu preciso de uma nação para começar agora, para que ela seja como um remédio para todas as nações. E desta forma ele conclui, “pois toda a terra é Minha,” isto é que todos os povos da terra Me pertencem, assim como vós, e estão destinados a se apegarem a Mim (Item 20).Mas agora, enquanto eles ainda são incapazes de executar essa tarefa, eu preciso de um povo virtuoso. E se vocês concordarem a serem um remédio para todas as nações, eu mando-vos a “serem para Mim um reino de sacerdotes,” que é o amor aos outros na sua forma final de “Ama teu amigo como a ti mesmo,” que é o eixo de toda a Torá e Mitzvot. E “uma sagrada nação” é a recompensa na sua forma final de Dvekut com Ele, a qual inclui todas as recompensas que podem sequer ser concebidas.Estas são as palavras de nossos sábios ao clarificarem o fim, “Estas são as palavras que tu falarás para os filhos de Israel.” Eles fizeram a precisão, “Estas são as palavras,” não mais e não menos. Isto é perplexo: Como pode você dizer que Moisés acrescentaria ou subtrairia das palavras do Criador ao ponto que o Criador tinha de o avisar sobre isso? E nós não achamos nenhum como ele em toda a Torá. Pelo contrário, a Torá diz sobre ele: “pois ele é o confiado em toda minha casa” (Números 12:7).29) Agora nós podemos compreender totalmente que relativamente à forma do trabalho na sua ultima maneira, como explicado nas palavras “um reino de sacerdotes,” que é a definição final de “Ama teu amigo como a ti mesmo,” foi certamente concebível a Moisés a se restringir e refrear de divulgar contorno completo do trabalho todo de uma vez, caso contrário Israel não se quereriam separar a si mesmos de todas as posses materiais e darem toda sua fortuna e bens ao Criador, como instruído pelas palavras, “um reino de sacerdotes.”É muito como o RAMBAM escreveu, que a mulheres e pequenas crianças não deve ser contada a questão do trabalho limpo, que deve ser em prol de não ser recompensado, e esperar até que eles cresçam, se tornem sábios, e tenham a coragem para o executar. Desta forma, o Criador deu-lhe o aviso acima, “não menos,” mas ofereceu-lhes a verdadeira natureza do trabalho, em toda a sua sublimidade, expressa nas palavras “um reino de sacerdotes.”E relativamente à recompensa que é definida nas palavras “uma sagrada nação,” foi possível para Moisés contemplar interpretar e elaborar mais além sobre a agradabilidade e sublime subtiliza que vêm com Dvekut com Ele, e persuadi-los a aceitar este extremo, de se separarem completamente a si mesmos de quaisquer posses terrenas, com o fazem sacerdotes. Logo, ele foi avisado, “não menos,” mas foi vago e não explicou a completa recompensa incluída nas palavras, “uma sagrada nação.”A razão para isso é, tivesse ele lhes contado sobre as coisas maravilhosas na essência da recompensa, eles usariam e assumiriam necessariamente Seu trabalho em prol de obter essa maravilhosa recompensa para si mesmos. Isto seria considerado trabalhar para si mesmos, por amor-próprio. Isso, em troca, falsificaria todo o propósito (Item 13).Logo nós vemos que em respeito à forma do trabalho expresso nas palavras “um reino de sacerdotes,” foi-lhe dito, “não menos.” E sobre a medida pouco clara da recompensa, expressa nas palavras, “uma sagrada nação,” foi-lhe dito, “não mais.”[12] Nota de tradutor: o texto Bíblico em Hebraico usa a palavra Segula, que significa na verdade remédio, ou poder, mas aqui o texto traduz-se como ‘tesouro.’[13] Nota de tradutor: um Miztva de executar certa acção.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
A Sabedoria da Kabbalah ("recepção" em hebraico) nos ensina a receber e compreender como percebemos a realidade ao nosso redor. Para entendermos quem somos, primeiro precisamos entender como percebemos o mundo que nos rodeia.
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