Artigo 16, 1987-88
Ao construir um edifício na materialidade, vemos que quem quiser
construir um edifício deve primeiro escavar os alicerces e sobre os alicerces
se constrói o edifício. Ao escavar o alicerce, vemos que deveríamos distinguir
entre ter que construir um edifício de um andar – que assenta, somente em andar
térreo – ou um edifício de múltiplos andares. Assim, a escavação do alicerce na
terra deveria ser de acordo com a altura do edifício. O alicerce não é
escavado de imediato. Antes, o alicerce é construído dia após dia de forma a
ser mais profundo, e então poder construir-se um edifício mais alto.
A mesma regra se aplica a espiritualidade. Quando uma pessoa
deseja construir um edifício de um único andar, não precisa escavar muito
profundamente.
Somente escava um pouco, e pode construir o seu edifício guardando
Torá e Mitzvot [mandamentos]. E que é que está a escavar na espiritualidade? É
uma deficiência, quando uma deficiência é escavada no coração, dado
que o coração é chamado “desejo”, um coração é chamado Malchut, e um coração é chamado “terra” ou “chão”.
Como na materialidade, cava-se uma deficiência no chão. Por
outras palavras, antes de irmos construir um edifício, devemos primeiro escavar
na terra, que é tirar seja o que for que estiver no lugar da escavação. Quando o
lugar onde queremos construir estiver vazio, começamos a construir. Se o
local estiver cheio com terra, não devemos construir nele porque o edifício
cairá.
Da mesma forma, em espiritualidade devemos escavar na terra, o
que significa no coração, e tirar daí o pó que está no coração, e então o
coração fica vazio, sem qualquer preenchimento. Então começa a época da construção.
Na sequência disto, quando o coração está cheio com coisas
materiais, é impossível levar a cabo qualquer construção nessa terra porque
todo o edifício ruirá, uma vez que nada tem o direito de existir senão for
necessário.
Antes, somente onde houver uma necessidade, e se sentir a falta
de não ter o que se deseja, quando se obtém, é permitido que isso exista,
porque se necessita dela. E então ele sabe – a medida da importância está de
acordo com a medida da necessidade, e ele sabe como guardar o edifício para que
os seus inimigos não o estraguem.
Aqui está a questão de escavar as fundações, significando que a
profundidade da escavação no solo depende da altura da construção que uma
pessoa tenciona construir. Algumas vezes uma pessoa diz estar contente com um
edifício térreo.
Por outras palavras, ele deseja guardar Torá e Mitzvot pelo que será recompensado com um edifício que está ao nível do
chão, isto é não muito longe do chão.
Por isso, ele deseja permanecer ao nível terreno, que é
considerado como vasos de recepção, isto é a recompensa na qual quer morar. Como quando
construindo um edifício para viver, a recompensa é considerada o edifício onde
ele vive.
Assim, é sabido que uma pessoa quer viver apenas através de
recompensa, e recompensa significa que está a receber deleite e prazer em
retorno pelo seu trabalho, e esta é a vida da pessoa – que um homem só quer viver
para deleite e prazer.
A sequência do trabalho na Torá e Mitzvot começa em Lo Lishmá não
pelo Seu nome], como está escrito em o Zohar, “Alguns guardam Torá e Mitzvot para serem recompensados neste mundo, e alguns trabalham em Torá e Mitzvot para terem o próximo mundo”. Contudo, a sua recompensa é somente o
que receber nos seus vasos de auto recepção, que é considerado terreno. Esta
forma é chamada “pessoas da terra”, significando que não se mudam da terra, que
é chamada o “desejo de receber”.
É como Maimônides disse (Hilchot Teshuva (Leis de Penitência),
Capítulo 10), “Ao ensinar os pequeninos, mulheres, e povo da terra, são
ensinados somente a trabalhar sem medo e para serem recompensados”.
Isto não é assim se for um discípulo sábio, em relação ao que
Baal HaSulam disse, que um discípulo sábio é aquele que está a estudar as
qualidades dos Sábios, e o Criador é chamado “Sábio”. Por isso, aquele que
segue o caminho da doação é considerado como o que apreende do sábio. Assim, é
chamado “um discípulo sábio”.
Em consequência disso aquelas pessoas que se empenham na Torá e Mitzvot para ser recompensadas com um edifício chamado “recompensa deste
mundo ou recompensa do próximo mundo para seu próprio benefício” são
definidas como “povo da terra”. Considera-se que quer construir apenas o
andar térreo. Assim, não precisa de escavar um alicerce profundo, isto é
escavar todos os dias para tornar a escavação profunda.
Em vez disso, ele escava uma vez e a escavação é suficiente para
ele. Por outras palavras, quando compreende que tem necessidade e desejo de
guardar Torá e Mitzvot para ser recompensado, quando compreende essa
deficiência, essa razão, já pode obter o edifício da recompensa. Isto é assim
porque enquanto uma pessoa não deseje sair do amor-próprio, o corpo não se opõe
a Torá e Mitzvot. Por isso, não precisa escavar todos os dias, querendo isto
dizer que não precisa de procurar por uma necessidade e desejo para se empenhar
na Torá e Mitzvot porque o corpo não se opõe à sua necessidade, pois compreende
que vale a pena para ele trabalhar, para seu próprio benefício.
Considera-se assim que a sua escavação não precisa de ser tão
profunda. Antes, a necessidade de compreender que é bom empenhar-se na Torá e Mitzvot é suficiente para o motivar para o trabalho. Em consequência
disso, a escavação que fez uma vez permanece sempre com ele e ele pode
continuar o trabalho.
Assim, a sua escavação não precisa ser profunda.
Contudo, se quiser construir um edifício de vários andares, isto
é ser recompensado com uma Neshamá [alma] que consiste de NRNHY, pode ser recompensado especificamente se a sua intenção for para doação,
que todos os seus pensamentos e desejos sejam apenas pelo amor do Criador e não
em relação a si próprio. Nesta forma, quando desejar criar um
alicerce, para construir tal edifício, a escavação do alicerce – o que
significa a necessidade por ele – não é feita de uma só vez.
Isto é assim porque depois de uma pessoa trabalhar consigo
própria e deixar que o seu corpo compreenda que vale a pena trabalhar para
doação, esta escavação não lhe chega facilmente. Durante a escavação ele
colide com rochedos, nos quais é muito difícil fazer buracos. É difícil até
fazer um pequeno buraco numa rocha.
Por outras palavras, quando ele deseja compreender – quando ele
tem um grande desejo, quando percebe que não pode fazer nada para
doação e deseja pedir ao Criador o que quer, o que significa dar-lhe a luz da
Torá que o reforma – no meio da escavação encontra um grande rochedo.
Por outras palavras, surge nele um pensamento que quer
compreender o porquê de precisar de trabalhar para o Criador e não para si
próprio. Afinal, sabe-se que “A tua vida e a vida dos teus amigos – a tua vida
vem primeiro”. E não tem nada que responda a essa percepção. Assim, faz uma
pausa na escavação porque essa rocha é demasiado dura de modo a que seja capaz
de fazer nela um buraco.
Por esta razão, ele precisa dum instrumento eficaz com o qual
seja possível quebrar a pedra. Esse instrumento é chamado fé acima da razão, e é o único instrumento que pode partir a pedra, que é chamada “razão
externa”, significando que esta razão está fora de Kedushá [santidade] porque só serve a Kedushá como uma carapaça que precede o fruto.
Assim, uma vez que somente com fé acima da razão é possível
partir a pedra, há a questão das ascensões e quedas aqui, dado que nem sempre
somos capazes de ir acima da razão. Em seguimento toda a sua escavação e
descoberta alguma deficiência para pedir ao Criador que lhe dê força para ir
através do caminho da doação foi calafetada pela rocha.
Como resultado, ele deve cavar uma vez mais, repetidamente. E
cada vez que começa a escavar a terra, no meio da escavação encontra
novamente uma rocha.
E uma vez mais começa de novo a fazer perguntas dentro da razão.
E uma vez mais, ultrapassa e usa a fé acima da razão. E de novo, consegue
um lugar de carência e começa a orar ao Criador para que o traga para mais
perto do Seu trabalho, isto é fazer o trabalho do Criador para o Criador, e
não para si próprio.
E uma vez que toda a sua construção está construída acima da
razão a escavação é selada de novo, o que significa que deixa de ser
necessária e que ele não tem nada para questionar; isto é, não tem qualquer
necessidade para que o Criador o traga para mais perto. Assim, deve recomeçar a
cavar, isto é trabalhar para encontrar uma lacuna, assim terá uma base sobre a
qual pedir ao Criador para construir o seu edifício.
Nesta escavação, chegamos à conclusão que quando cavamos na
terra, encontramos pó e pedras. Chama-se “coração” ao pó, o que
significa o desejo de receber para si próprio. Isto ainda não é assim tão
terrível porque com grandes esforços, podemos tirar o pó da terra. Mas quando
ele encontra rochas no meio da escavação, quando a razão começa a pôr questões,
então necessita da misericórdia do céu para receber forças para se elevar acima
da razão.
Por isso, há grande trabalho no alicerce porque a escavação não
se acaba num dia. Antes, logo após a escavação surgem as pedras e caem na sua
mente, o que quer dizer que recebe pensamentos estranhos. Isto é, depois de se
ter elevado acima da razão, durante algum tempo não o pode manter mas sofre
outra queda e deve começar de novo.
Contudo, deve acreditar-se que nenhum trabalho está perdido.
Antes, tudo permanece mas há uma correção por não ver o que já fez.
Por isso, se considera que sempre que alguém escava a fundação,
escava na terra em profundidade e não volta a trabalhar no que já tinha
trabalhado no dia anterior. Mas o progresso está no aprofundar, e a medida da
profundidade da escavação é quando ele recebe uma necessidade sincera pela
ajuda do Criador para que o ajude a ter o desejo de trabalhar para doação.
Um Kli significa que o Criador dá um desejo e uma necessidade de doar
ao Criador.
“Luz” significa que uma vez que tenha o desejo de doar, que é
chamado Dvekút [adesão], recebe um grau de Neshamá, até ser recompensado
com NRNHY. Está escrito na “Introdução ao Estudo dos Dez Sefirot” (Item 133), “É assim no trabalho do justo perfeito, que a escolha que põe em prática
durante a ocultação da face não é certamente aplicada uma vez que a porta para
alcançar a Providência aberta estiver aberta. Em vez disso, começam com a parte
fundamental do Seu trabalho – na revelação da face. Nessa altura, começa a subir-se
nos muitos degraus, como está escrito, ´Os justos avançam em poder´ Estes
trabalhos qualificam-nos para o desejo do Criador, que o Seu pensamento na
criação se realize neles: para dar prazer às Suas criações”.
De acordo com o que foi dito antes, podemos interpretar o que
está escrito (Gen. 26:15), “E todas as fontes que os servos do seu pai tinham
cavado nos dias de Abraão o seu pai, os filisteus selaram…. E Isaac cavou de
novo as fontes de água que tinham sido cavadas nos dias de seu Pai Abraão, e os
Filisteus os tinham parado. E os servos de Isaac cavaram …. E os pastores de
Gerar brigaram com os pastores de Isaac, dizendo, ‘A água é nossa’! E cavaram
outra fonte, a também brigaram sobre isso… e [ele] cavou outra fonte, e não disputaram
sobre isso: e chamou-a Rehovot, porque ‘Por fim o Senhor deu-nos lugar, e seremos prósperos na
terra’. E ele subiu dali para Beersheba”.
A escavação que fizerem foi para encontrar um défice e uma
necessidade para a salvação do Criador; eles eram para o Kli, o que quer dizer para pedir ao Criador que lhes desse a necessidade de doar. E veem que não
podem porque o corpo resiste a isso devido à sua natureza, pois nasceu apenas
com um desejo – receber.
Contudo, também nisso, há dois discernimentos a fazer:
1) Quando ora ao Criador para que lhe dê a força para
ultrapassar o desejo de receber e trabalhar para doação, e deseja que o Criador lhe dê
este poder. 2) Algumas vezes, não pode pedir ao Criador que lhe dê o desejo de
doação porque o corpo também resiste à oração. O corpo tem medo que talvez o
Criador o possa ajudar e perca o desejo de receber. Em sequência, ele deve orar
para que o Criador lhe dê a força de ultrapassar o corpo e para que tenha a
força para orar ao Criador para que o ajude a ultrapassar o desejo de receber e
trabalhar para doar.
Sendo assim ele está a rezar, e qual é o seu pedido? É para ser
capaz de rezar.
A isto se chama “uma oração para uma oração”, é dito que o
Criador deveria ajudá-lo com o Kli, o que significa compreender que o que precisa é da força para doar. Resulta que o Criador o ajuda e lhe dá um desejo de
querer compreender que tudo o que o homem necessita é do desejo de
doação na mente e coração.
Depois, quando tem a necessidade e deseja trabalhar para doar,
mas não pode, o Criador dá-lhe a luz, o que significa a luz que vem para a correção
do Kli, para ser capaz de trabalhar para doação. E essa luz é chamada Kli, como é sabido que a luz é chamada depois do ato. E uma vez que
a luz lhe dá o desejo, que é chamado Kli, diz-se que o Criador lhe deu o vaso de doação. A isto se chama
“alicerce” e em tal alicerce é possível construir um edifício de muitos
andares.
Por outras palavras, uma vez que obteve o alicerce, que é o vaso
de doação, começa a ser recompensado com um nível completo de NRNHY na sua
alma.
Contudo, no que respeita ao Filisteu que selou as fontes que o
servo de seu pai escavou nos dias de Abraão, deveríamos interpretá-lo no
trabalho. Abraão é o discernimento de Chéssed [misericórdia/graça]. Os servos de Abraão são aqueles que seguem o caminho de Chéssed, isto é, aqueles que desejam ir pelo caminho de doação que se chama Chéssed. Eles escavam esta
deficiência para si próprios, o que significa a necessidade de vasos de doação.
Mas quanto mais cavaram para encontrar deficiências, as suas deficiências foram
seladas, e têm sempre que trabalhar outra vez, escavar de novo, repetidamente.
Agora podemos interpretar a disputa entre o pastor de Gerar e o
pastor de Isaac, como está escrito, “E os servos de Isaac escavaram…E o pastor
de Gerar brigou com o pastor de Isaac… Assim ele chamou a nascente Oshek,
porque eles Hitashku [argumentaram] com ele. E eles escavaram outra nascente, e
também brigaram acerca dela, e ele chamou-a Sitnah [hebraico: inimizade].
E [ele] escavou outra fonte, e não discutiram sobre ela; e ele chamou-a Rehovot… E ele subiu dali para Beersheba”.
Devemos compreender o significado de “Pastor de” na
espiritualidade, e a diferença entre “o pastor de Gerar” e o “pastor de Isaac” no
trabalho, assim como a razão de ter havido uma disputa sobre a escavação das
duas primeiras nascentes e nenhuma sobre a escavação da terceira nascente, como
está escrito, “E eles não brigaram sobre ela”.
Sabe-se que não se pode viver sem provisão. “Provisão” é
considerado aquilo que mantém alguém na vida e sobre o que diz, “Vale a pena viver
para isto”. Certamente, que há muitos níveis de provisão humana. Alguns
contentam-se com pouco, o que quer dizer que se uma pessoa tem solucionado a
questão da alimentação material, diz, “Isto é suficiente para mim e vale a
pena viver para tal provisão”. Comparada com a provisão de outros, considera-se
como fixar-se em pouco.
E alguns dizem que se fixam em tais alimentos que sejam
suficientes para abastecer crianças pequenas. Isto é uma adição aos animais, dado
que eles têm interesses: brincam às escondidas, com bonecos, etc. e fixam-se
nisso. Dizem, “O que apreciamos não tem que ser real. Mesmo que seja uma
mentira podemos ainda assim encontrar a nossa provisão aí”. Pelo contrário, São
as coisas reais que achamos completamente sem significado.
Como uma alegoria, eu disse muitas vezes que vemos existirem
poucas raparigas cujos pais lhe compraram bonecas para brincar. Algumas
vezes, a mãe está na cozinha a preparar uma refeição, com um bebé de um
ano em casa, e o bebé está a chorar. A mãe diz a sua menina, “Vai brincar com o
bebé. Dessa forma, o bebé vai entreter-se e eu desfrutarei porque serei capaz
de preparar a refeição”.
Mas vemos que na realidade, a rapariga não irá. Se
perguntássemos à menina, “Porque é que não queres brincar com o bebé? Se estás só a
brincar com o teu boneco, a beijá-lo, mas porque é que não queres brincar com um
bebé de verdade em vez dum boneco? Além disso, podes ver que a tua mãe
está a fazer o oposto. Ela nunca beija o teu boneco, mas o bebê verdadeiro”.
A rapariga responderia provavelmente, “A minha mão não quer gozar a vida; é
por isso que não quer brincar com um boneco. Mas eu ainda quero gozar a vida,
por isso não posso brincar com um bebê de verdade”.
Da mesma forma, no trabalho, não se pode desfrutar da verdade no
trabalho. Antes, o homem é impressionado especificamente pela mentira e
tira dela prazer e vivacidade. “Se lhe disserem, “É descabido para ti desfrutar
o trabalho com coisas irreais”, diz ele, “Eu ainda quero gozar o mundo; é por
isso que me fixo em pouco no meu empenho na Torá e Mitzvot”.
Na maior parte, cada pessoa na multidão que segue o trabalho
santo e guarda Torá e Mitzvot escolhe a sua própria quantidade de tempo que deve dedicar à Torá e Mitzvot.
Cada um mede para si próprio o que compreende como suficiente
para si próprio tanto em quantidade como em qualidade, e diz que se fixa em
pouco. Não tem que estar entre os ricos, que têm grandes posses. Em vez disso,
cada um compreende a sua medida na Torá e Mitzvot com boa razão.
É como o Zohar diz sobre o verso, “O seu marido é conhecido nas portas, “ cada um
de acordo com o que mede no seu coração. Isto significa que de acordo com a
grandeza do Criador, sabe quanto tempo deve dedicar à Torá e Mitzvot e quanto se deve esforçar se for difícil para ele guardar a Torá e Mitzvot.
Contudo, há poucos que não se fixam nas provisões das massas. De
acordo com o Ari, a insatisfação que sentem é uma questão da raiz da alma. Eles
precisam de avançar mais que a multidão, e começam a compreender que o
principal trabalho deveria ser sustentarem-se com a comida do homem, não com a comida
dos animais ou com a comida que se dá aos pequeninos, lhes ensina a trabalhar
por uma recompensa, e não se lhes fala da questão de Lishmá [pelo Seu nome]”.
Contudo, começa aqui o esforço quando ele deseja ir pelo caminho
da doação ao Criador e não para
benefício pessoal e a isso o corpo resiste.