Chamol Al Maaseicha (Tem Compaixão da Tua Criação)
Uma pessoa perde por arrependimento e perdão. Como habitual, no trabalho espiritual há duas condições opostas. Para aqueles que estão no nível de um anjo, na fase final da Tikun há senão uma força "Não há ninguém além d'Ele." Para aqueles que estão num estado de inconsciência, no nível deste mundo, há também somente uma força "Seu não sou por mim..." Para aqueles que estão no caminho deste mundo para o mundo de Ein Sof as duas forças são reveladas em qualquer momento, a força da criatura e a força do Criador que trabalham juntas. Por um lado, é o Criador que aparentemente organiza todas as coisas, mas por outro lado, isso depende da criatura. Quando uma pessoa alcança o estado onde "Se não sou por mim" e "Não há outro além Dele" convergem e se tornam uma nela, então ela tem uma verdadeira oração que é composta de discernimentos opostos e ela sente que não consegue decidir. Como pode ser que o Criador controla todas as coisas no homem, que por um lado "Não há outro além Dele" e ainda assim por outro lado o homem ainda tenha a sensação de que ele existe fora do controle do Criador e se possa voltar para Ele e consiga consolidar sua atitude na direcção da adesão. Isto pode ser comparado a um estado em que o homem se encontra nos 40 anos de idade ou 50 quando já sabe da vida e de todas as coisas que há para saber, todavia ao mesmo tempo se sente como um feto no utero da mãe, que não entende e não sabe e não consegue discernir coisa alguma. Então ele tem somente um pedido, passados todos meus esforços, todo o trabalho que empreguei nisso, testa-me e vê se eu estou no caminho certo.
Cantar é o cântico, o chamamento da alma, que contém a inteira Torá, a inteira Luz Superior.
A canção, para a qual os superiores e inferiores em todos os mundos despertam.
A canção, como uma nascente do alto, uma resposta do Superior, a Divina misericórdia.
A canção que adorna o Sagrado Nome Celeste, Malchut, o receptáculo do Criador.
É por isso que ela é o Santo dos Santos.
O Livro do Zohar com o Comentário Sulam (Escada), Trumá, pág. 103