Artigo Nº 29, Tav-Shin-Mem-Het, 1987/88
Escreveram nossos sábios em [Maséchet] Ketubot: “Rabi Chiya Bar Ashi disse, ‘Rav disse, ‘Todas as árvores inférteis na terra de Israel estão destinadas a dar fruto, como foi dito, 'Pois a árvore carregou seu fruto, a figueira e a vinha produziram força.’’’”
Interpreta o MAHARSHA que "Embora ela seja uma árvore infértil, que por natureza é desadequada para produzir fruto, ainda assim ela vai dar fruto." Devemos entender o que isto nos ensina no trabalho.
A Sulam [Comentário de Baal HaSulam sobre o Zohar], no seu comentário sobre o "Ensaio sobre as Letras" (“Introdução ao Livro do Zohar,” Item 23) escreve, “É sabido que Deus fez um oposto ao outro. Pois há quatro mundos ABYA de Kedushá [santidade], há quatro mundos ABYA de Tuma’a [impureza] opostos a eles. Assim, no mundo de Assiya não há distinção entre aquele que serve a Deus e aquele que não O serve. Respectivamente, como podemos distinguir o bem do mal? Contudo, há um escrutínio, muito importante, que é que outro deus é estéril e não dá fruto. Assim, aqueles que falham nele e percorrem o caminho de ABYA de Tuma’a, sua fonte seca e eles não têm bênção de frutos especiais. Portanto, eles murcham até que sejam completamente encerrados. O oposto são aqueles que aderem a Kedushá. Suas obras são abençoadas, 'Como uma árvore plantada pelos regatos de água, que dá seu fruto na sua época e sua folha não murcha e no que quer que ele faça, ele prospera.' Este é o único escrutínio no mundo de Assiya para saber se ele está em Kedushá ou é ao contrário."
Devemos entender o sentido de "frutos" na espiritualidade. A palavra "frutos" é usada pra significar "lucros," semelhante a dizer, "Eu agarrei um grande negócio mas ele ainda não deu frutos." Significa isto que ele ainda não ganha lucros dele. Em questões do trabalho, devemos interpretar que quando a pessoa começa a assumir o fardo de Torá e Mitsvot [mandamentos/boas acções], o entendimento que ela tem sobre o temor aos céus e a importância das Mitsvot e especialmente da importância da Torá, quando ela tem vinte ou trinta anos, ela não sabe muito sobre o trabalho do Criador, ou seja o que é o temor aos céus e qual é a sensação na Torá e Mitsvot.
Embora ela veja que já adquiriu a posse de vários anos de engajamento na Torá e Mitsvot, ela ainda não progrediu no entendimento que ela tinha desde que ficou obrigada a se engajar em Torá e Mitsvot. Ou seja, ela pensava que enquanto crescesse, provavelmente teria intenções diferentes que aquelas que tinha quando começou no trabalho do Criador.
Contudo, ela permaneceu na mesma intenção e concorda com aquilo que a visão geral diz sobre ela, quando eles vêem que ela observa Torá e Mitsvot em todos seus detalhes e pormenores, eles a respeitam e a exaltam e a honram pelo seu trabalho na Torá e Mitsvot.
Portanto, ela está num estado de "O mundo inteiro te diz que tu és justo." Por essa razão, ela nunca poderá alcançar a plenitude, chamada "servir ao Criador." Ela permanece como "serva de si mesma." Ou seja, todo o trabalho que ela faz é para seu próprio benefício. Isto é chamado "não O servir." Em vez disso, ela trabalha para si mesma e não para o Criador.
Nas questões do trabalho, é impossível se tornar servo do Criador antes que cheguemos a um estado de "não O servir," pois estes são dois graus e é impossível subir a um nível superior antes que a pessoa esteja no nível inferior. Em vez disso, primeiro a pessoa entra no grau chamado "não O servir." Isto é, a pessoa deve chegar a sentir que enquanto ela trabalha para seu próprio benefício, isso é chamado "não O servir."
Também, "não O servir" significa que ela vê que está num estado de Lo Lishmá [não pelo Seu bem], que é chamado no trabalho, "não O servir." Ela aceita a situação independentemente das desculpas que ela inventa para isto, uma vez que as razões não alteram a situação. Portanto, se ela concordar permanecer nesse estado, isso é considerado ainda não estar num estado de "não O servir."
Quando ela vê que está num estado de "não O servir," ela procura conselhos sobre como sair dele, tanto através dos livros como através dos autores. Atormenta-a que ela esteja em tamanha humildade e tão imersa em amor próprio que não consiga sair deste controle e ela teme que permanecerá deste jeito para sempre. Isto é chamado estar num estado de "não O servir."
Porém, devemos questionar, Como deve a pessoa chamar à situação em que ela vê que está num estado de "não O servir?" Isto é, quando a pessoa chega a esse estado em que ela vê que está imersa em amor próprio e que todos os prazeres animalescos despertam nela, tais como ela nunca imaginou, num estado de "não O servir," tais pensamentos e desejos despertam que segundo o trabalho em que ela investiu, que ela se esforço em prol de ser recompensada com Kedushá [santidade] e pelos quais ela pelo menos devia ver que embora não tenha sido recompensada com Keduhsá, ela devia se ter visto liberada dos prazeres animalescos.
Inversamente, ela questiona, Disseram nossos sábios, "A recompensa corresponde à dor," ou seja que a pessoa é recompensada segundo o esforço que ela fez. Todavia, agora ela vê que fez o esforço, mas que recompensa recebeu ela? Que ela se tornou pior. Antes dela começar o trabalho da doação, ela sabia que era uma serva do Criador. Embora ela soubesse que até aí há graus superiores, ou seja aqueles que trabalham em Lishmá [pelo Seu bem], ela sabia que trabalhar Lishmá era destinado a alguns poucos escolhidos. Nessa altura ela estava certa que embora ela não fosse contabilizada entre os poucos escolhidos, ela era considerada uma serva do Criador como o resto do seu meio circundante. Mas agora que ela quer trabalhar pelo bem do Criador, ela está a regredir.
Ou seja, ela sente que ela é pior que antes. Isto levanta a questão, Onde está aquilo que disseram nossos sábios, "A recompensa corresponde à dor"?
A verdade é, como disse Baal HaSulam, que porque ela investiu muitos esforços para ser recompensada com um pouco de Kedushá, com isto ela foi recompensada com alcançar a qualidade da verdade. Ou seja, ela foi recompensada do alto com a consciência do seu verdadeiro estado, como o mal dentro dela, ou seja de como a vontade de receber para si mesma é tão mundana e tão afastada do Criador. Significa isto que antes dela começar o trabalho, ela não conseguia entender a humildade do seu estado ou que se pareça.
Em vez disso, como disseemos em artigos anteriores, o Zohar interpreta o versículo, "se seu pecado lhe é dado a conhecer," que o Criador lhe diz que ela pecou, ou a Torá a notifica que ela pecou. Por si mesma, a pessoa não consegue ver o mal nela, uma vez que a pessoa é próxima de si mesma e é tendenciosa e é como está escrito que "suborno cega os olhos do sábio" e os cegos não vêem. Por esta razão, a pessoa não consegue ver o mal nela sozinha. Em vez disso, ela é notificada do alto, que, nas palavras do Zohar, é considerado que a Torá ou o Criador a notificam. Ambos nos são clarificados através de uma questão, ou seja que isso vem do alto e não da própria pessoa, dado que o reconhecimento do mal é conhecimento do alto
Com isto podemos interpretar aquilo que questionam as pessoas: Por um lado, nossos sábios disseram (Nida 30b), “Ele jurou, 'Sê justo e não ímpio e até se o mundo inteiro te disser que és justo, sê ímpio aos teus próprios olhos.'" Elas questionam, Mas o Mishná (Avot, Capítulo 2) diz, “Não sejas ímpio aos teus próprios olhos," então como dizem eles, "Sê ímpio aos teus próprios olhos"?
Há muitas respostas para isto. Segundo o supracitado, o reconhecimento do mal vem do alto e a pessoa não consegue chegar ao reconhecimento do mal a menos que ela se tenha esforçado na Torá e Mitsvot em prol de chegar a trabalhar pelo bem do Criador. Nessa altura lhe é mostrado do alto o mal e somente então pode ela ver que ela é ímpia. Naturalmente, em tal estado, quando lhe é mostrado que ela é ímpia, embora julgando pelas suas acções, ela pareça justa para o mundo, uma vez que ninguém consegue saber o que foi mostrado do alto ao outro.
Foi dito sobre isto: "Até se o mundo inteiro te disser que és justo," uma vez que eles não te conhecem, ou seja às tuas intenções, ainda assim deves saber a verdade. Por esta razão, eles disseram, "Sê ímpio aos teus próprios olhos." "Aos teus próprios olhos" significa a forma da intenção, que ninguém consegue ver senão tu. Isto é chamado "aos teus próprios olhos." Depois, tu verás que és ímpio, como está escrito, "Sê ímpio aos teus próprios olhos."
Contudo, como foi supracitado, a pessoa não consegue ver a verdade, que ela é ímpia, até que ela tenha feito grandes esforços na Torá e Mitsvot em prol de alcançar a verdade. Nessa altura lhe é mostrado do alto a verdade que ela está num estado de "não O servir." Mas sozinha, sem a ajuda do alto, a pessoa não consegue ver que ela é ímpia. Este é o significado daquilo que está escrito, "Não sejas ímpio aos teus próprios olhos." Significando isto que da sua própria perspectiva, a pessoa não pode ser ímpia. Em vez disso, isso requer ajuda do alto.
Por esta razão, a pessoa deve pedir ao Criador para a deixar saber a verdade sobre seu estado na espiritualidade, onde ela se encontra, ou seja se ela está entre aqueles que são chamados "servos do Criador," ou entre aqueles que são chamados "não O servir." Mas sozinha, a pessoa não consegue saber. Foi por isso que eles disseram, "Não sejas ímpio aos teus próprios olhos."
Agora vamos explicar aquilo que questionamos, Como deve a pessoa chamar à situação em que ela se encontra, se ela vê que está realmente num estado de "não O servir," ou seja se ela não se movimenta de todo no trabalho mas retrocede e seu trabalho foi em vão, sem quaisquer lucros? Ela deve acreditar naquilo que disseram nossos sábios, "A recompensa corresponde à dor," mas ela evidentemente vê que seria melhor se ela não tivesse começado este trabalho da doação em primeiro lugar. Ela vê que ela só desce no trabalho e não sobe. Respectivamente, o estado de "não O servir" devia ser chamado de "uma descida."
Contudo, segundo aquilo que dissemos, que é impossível alcançar um grau superior antes de alcançar um inferior, considerado "não O servir," sucede-se que esse estado não é considerado um "estado de descida," mas em vez disso um "estado de subida," pois tal é o caminho: O grau inferior é a razão e a causa do grau superior. Portanto, esta descida, quando ele sente que está num estado de descida, lhe causa a subida para um grau superior.
Ou seja, "a recompensa corresponde à dor." Por outras palavras, na medida que ele sofre por estar num estado de "não O servir," isso o faz procurar conselho para sair desse estado e subir para um grau superior, chamado "servir ao Criador." Por esta razão, esse estado é chamado "um tempo de ascensão" e é chamado "um estado de progresso na direcção na meta." Porém, até num tempo de "não O servir" há sobes e desces e estas descidas são também consideradas ascensões.
Explicação: A descida faz a pessoa ver o estado do mal dentro dela, ao qual ela pode chegar, ou seja a que humildade ele pode trazer a pessoa. Portanto, durante a ascensão, quando a pessoa tem paixão pela Torá e oração e ela pensa que agora está entre os servos do Criador e não mais precisa que o Criador a ajude a sair da sua inclinação do mal uma vez que ela sente um bom sabor no trabalho, ela olha para as vezes em que esteve em descida e fica envergonhada de si mesma. Lhe dói imenso se ela se lembrar das suas descidas.
Mas subitamente ela cai "do telhado para o profundo abismo." Isto é, ela sente de um estado de pensar que já estava nos céus para ver que ela já está num profundo abismo. Além do mais, ela não se lembra de como ela caiu para o abismo e por que razão. Assim que ela cai no abismo, ela fica inconsciente, ou seja que ela não sente como ela caiu para o abismo. Contudo, passado algum tempo ela recupera e começa a sentir que ela está no abismo. O tempo de recuperação pode levar um minuto, ou uma hora, ou um dia ou dois dias, ou um mês, até que ela ganhe novamente consciência e veja a humildade em que ela se encontrava.
Posteriormente, lhe é dado uma vez mais do alto um desejo e anseio pelo trabalho. Novamente, ela está num estado de ascensão e é este o momento em que ela consegue desfrutar da descida. Ou seja, durante a subida ela consegue saber os benefícios de experimentar a descida, uma vez que segundo aquilo que se diz, as punições dadas à pessoa não são como um rei de carne e osso, que se vinga sobre a pessoa que não segue as ordens do rei. Em vez disso, aqui há uma questão de correcção. Portanto, que benefício pode ela dizer que tem das descidas?
A resposta é que a descida não foi dada ao homem para que ele aprendesse da descida enquanto ele está em descida. Durante a descida ele está inconsciente. Ou seja, ele não sente que está numa descida, uma vez que nessa altura não há ser vivo que sinta alguma carência de vitalidade de Kedushá, uma vez que ele perdeu a consciência de que há espiritualidade em alguém no mundo e todos seus pensamentos são somente sobre a vida no amor próprio.
Isto é, dado que é sabido que sem vida, é impossível viver, cada um escolhe a vestimenta certa da qual suscitar a vida, que é chamado de "prazer," uma vez que não há vida sem prazer. Quando a pessoa não consegue achar prazer na sua vida, ela imediatamente escolhe a morte, que é chamado "cometer suicídio."
Portanto, durante a descida, quando ela acha prazer em alguma vestimenta, não lhe importa qual é a vestimenta, mas quanto prazer pode ela derivar desta vestimenta. Isto é chamado que nessa altura ela não pensa na espiritualidade, uma vez que o prazer que ela recebe a faz esquecer tudo o resto, pois ela está demasiado preocupada com continuar a obter os prazeres nas vestimentas que se adequam ao seu espírito desse momento. Nisto está ela imersa. Nesse tempo, ela não tem pensamentos de que haja tal realidade chamada "servir ao Criador," uma vez que a descida é chamada de "morte." Ou seja, o pedacinho de espiritualidade de quando ela estava de algum modo aderida a Kedushá a abandonou. Por esta razão, nessa altura ela é considerada "morta," sem vitalidade de Kedushá.
Todavia, posteriormente, ela desperta e começa a ver que ela é desprovida de vida espiritual. O seu despertar da descida é chamado "a ressuscitação dos mortos," quando ela começa a sentir que ela está carente de vida. Inversamente, aquele que está morto não sente que ele está carente de vida de modo a ser recompensado com a vida.
Todavia, a questão é, Quem a reanimou? A resposta para isto é "Um rei que condena à morte e trás para a vida." E por que precisamos disto? A resposta é "e trás a salvação." Isso significa que o Criador ao lhe dar a descida, chamada "condenar à morte" por um lado e por outro lado, ao dar a subida, chamada "trás para a vida," com isto vem a salvação, como está escrito, "e trás a salvação."
Portanto, quando a pessoa aprende e lucra da descida? Certamente, não durante a descida, pois então ela está morta. Porém, posteriormente, quando o Criador a reanima, ou seja lhe dá uma subida, esse é o tempo para aprender o que aconteceu com ela durante a descida, ou seja em que humildade ela estava, o que ela desejava e o que ela esperava, que se ela o tivesse, ela se sentiria um ser humano completo. Nessa altura ela vê que sua vida inteira em descida em nada era diferente da vida de um animal.
Tomemos, por exemplo, quando o lixo é jogado no contentor. Quando os gatos na área sentem que há alguns restos de um animal que foram jogados no lixo, eles o descobrem e comem. Com a força de comer, cada um deles corre para o seu lugar para obter outros prazeres. Se a pessoa observar durante a subida, ela entende que não é vantajoso ocupar sua mente e coração com prazeres animalescos. Aos seus olhos no presente, isso é um lixo completo. Quando ela olha para tal vida, isso a faz ficar tão indisposta que ela quer vomitar.
Sucede-se que o grande benefício desta descida é que ela veja sua própria humildade, a que estado ela pode chegar e que somente o Criador a tirou dessa humildade. Esta é a altura para ver a grandeza do Criador, que Ele consegue tirar a pessoa "do barro lamacento," onde ela se pode afogar e permanecer para sempre nas mãos do Sitra Achra [outro lado] e somente o Criador a tirou de lá.
Respectivamente, podemos ver que durante a subida, a pessoa deve ler tudo o que está escrito sobre o tempo de descida. Desta leitura ela saberá como pedir ao Criador pela sua alma para que Ele não a joge novamente para o lixo. Também, ela saberá como agradecer ao Criador por a levantar do abismo sem fundo, como foi dito, "Um rei que condena à morte e trás para a vida e trás a salvação." Ou seja, a salvação é produzida das subidas e descidas.
Portanto, depois de ela ter completado a primeira fase, chamada "não O servir," começa o tempo de ser "um servo do Criador." Ou seja, assim que ela tentou todo o conselho e táctica para sair do estado de "não O servir," ela recebe ajuda do alto, como está escrito no Zohar, "Aquele que vem para se purificar é ajudado," ao lhe dar "uma sagrada alma." Com isto ela sai do governo do amor próprio e consegue trabalhar somente em prol de doar.
Portanto, como pode a pessoa chegar a ser serva do Criador? Ao ser recompensada com uma alma do alto. Isto é considerado que agora ela dá fruto. E qual é o fruto? É que ela foi recompensada com uma alma. Este é o fruto. Por outras palavras, a pessoa deve saber que antes dela ser recompensada com frutos, chamados "uma alma," ela não pode ser serva do Criador.
Em vez disso, ela deve se servir a si mesma, que é chamado "não O Servir," pela supracitada razão que a pessoa não consegue ir contra a natureza em que ela nasceu, que é o amor próprio. Em vez disso, somente o Criador consegue realizar este milagre.
Com isto devemos interpretar aquilo que disseram nossos sábios, "Todas as árvores inférteis na terra de Israel estão destinadas a dar fruto." Ou seja, assim que a pessoa for recompensada com Eretz Yashar-El [Terra de Israel], ao ser recompensada com uma alma, tudo se torna corrigido, ou seja até a qualidade das "árvores inférteis," que não dão fruto. Isto se refere ao tempo de "não O servir", que também ele recebe correcção, como em "os pecados se tornam para ela como méritos."
Por outras palavras, é impossível ser servo do Criador antes que a pessoa sinta que ela está num estado de "não O servir." Ou seja, através das descidas e subidas que ela teve enquanto num estado de amor próprio, estas subidas e descidas foram fases e graus de modo a ser capaz de subir para o lugar da plenitude e tudo entra em Kedushá pois todas essas coisas a ajudaram a alcançar a plenitude.
Agora podemos entender que "árvores inférteis," que são naturalmente desadequadas para dar fruto, ainda assim darão fruto. Isto é, quando a pessoa está em Lo Lishmá, esse estado está longe de dar fruto, portanto de ser recompensada no trabalho e Torá, considerado ser recompensado com a entrada no palácio do Rei. Mas num estado de Lo Lishmá, isso é ao contrário: Ela se afasta de Dvekut [adesão] com o Criador. Ainda assim, depois de ela ter sido recompensada com a entrada na terra de Israel, todo o Lo Lishmá, chamado "árvores inférteis," dará fruto, ou seja que a luz superior, chamada "uma alma," estará sobre esses Kelim, também, uma vez que tudo entra em Kedushá.