“Escuta, meu filho, a ética de teu pai e não esqueças o ensinamento de tua mãe.”
Musar [ética] vem do versículo, “Caso a pessoa aflija [Yiser] seu filho,” ou seja Yesurim[sofrimento/aflições]. Há sofrimento em potencial e há sofrimento concreto. Quando é dado a entender à pessoa que é proibido fazer algo e que caso ela desobedeça à ordem, ela será punida, tal como ao ser açoitada pela transgressão.
Se a pessoa não souber qual é o castigo, ou seja que ela não sente o sabor dos sofrimentos antes que ela os receba na realidade, ela quebra a ordem e é castigada. A punição é para que ela saiba que no futuro, ela evitará quebrar a lei. Por outras palavras, a lei foi dada para o benefício do homem, no particular e no geral, mas se a pessoa não consegue manter a lei ela deriva prazer de quebrá-la.
Por exemplo, há uma lei que proíbe roubar, mas ele adora dinheiro e há um lugar onde ele pode roubar dinheiro. Uma vez que ele tem um desejo por dinheiro, embora ele saiba que vai sofrer pela transgressão, ele não consegue avaliar o nível do sofrimento do castigo. Como resultado, ele assume que o prazer do dinheiro é de longe maior que as aflições que vai sofrer como castigo.
Portanto, quando ele é punido, ou seja condenado a ser encarcerado durante algum tempo, ele vê que as aflições são de longe maiores que o prazer que recebeu de roubar. Por esta razão, ele decide que no futuro, ele vai manter a lei.
Mas assim que ele é castigado e se senta na prisão, lhe é dito, "Sabe que se roubares de novo serás condenado a um tempo de encarceramento muito mais longo que o primeiro," uma vez que ele esquece a medida de sofrimento que havia recebido. Portanto, quando ele tem uma chance de roubar novamente, ele certamente vai errar no cálculo dos níveis de sofrimento e prazer.
Por esta razão, lhe é dito que vai sofrer tormentos maiores, é possível que ele pense que não é vantajoso roubar, ou seja que o sofrimento seja maior que o prazer.
Assim, quando ensinando a ética, nós vemos a importância da Torá e Mitsvot [mandamentos], ou seja que nível de prazer a pessoa pode ter, bem como que castigo ela pode sofrer.
Por outras palavras, o erudito faz a pessoa sentir o sabor da recompensa de observar a lei, ou seja o benefício que manter a lei trás à pessoa e os castigos ela os sofrerá por quebrar a lei.
Sentindo isto, na medida que ela o sentir, pode ela observar a lei. Ou seja, eles a permitem assumir a verdadeira medida de prazer e aflição, como disseram nossos sábios, “Calcula realizando um mandamento contra sua recompensa e a recompensa por uma transgressão contra não a fazer."(Avot, Capítulo 2). Nessa altura, a pessoa pode avançar mais nos caminhos do Criador de cada vez.