Sobre os nomes, que apontam para revelações das acções do Criador, o nome é relativo à instrução da acção. Todas as acções são reveladas nos inferiores, especificamente no indivíduo que alcança. Ainda assim, aquilo que é alcançado em si certamente não tem a mesma forma como aquela que é aparente para aquele que a alcança, dado que há uma fusão de duas coisas aqui, que acrescenta uma terceira forma, uma forma que nasce das duas forças, das qualidades do macho e da fêmea.
Por outras palavras, quando o preenchimento vem devido à carência, há um novo fenómeno. Ou seja, nós devemos discernir que forma o carente tem antes de ele receber o preenchimento. Devemos discerni-la depois de ele receber o preenchimento.
Devemos fazer dois discernimentos no preenchimento em si, ou seja que forma ele tem antes de entrar em contacto com a carência, ou seja com a matéria em si, que é chamada uma "força abstracta, não combinada com um Kli [vaso].” E devemos também discerni-la depois de ela ser reunida no Kli. Uma vez que a raiz da criação nada é senão Kelim [vasos] de uma carência, portanto não temos qualquer atingimento numa luz sem um Kli.
Portanto, quando dizemos que o Criador é chamado "Poderoso," é precisamente quando a qualidade de "poder" aparece ante nós. Todavia, chamar nomes que não alcançamos, ou seja sem o preenchimento do "poder," antes da abundância entrar nele, nessa altura não podemos dizer que o Criador seja chamado "Poderoso."
Sucede-se que ele diz que o Criador tem a qualidade do poder embora esta qualidade não lhe seja revelada. Portanto, ele dá formas à luz sem um Kli. Isto é uma mentira, pois uma luz sem um Kli não tem forma. Foi por esse motivo que eles não quiseram dizer "o Deus Poderoso," se esta qualidade não apareceu aos inferiores.