“Que lucro há no meu sangue se eu descer ao abismo? A poeira Te agradecerá? Vai ela declarar a Tua veracidade? Escuta, Ó Senhor e perdoa-me.”
Sobre "poeira," isso é quando a pessoa está sob o governo da vontade de receber, que é considerada "poeira." Adam HaRishon nasceu com esta qualidade, mas ele era "poeira da terra." É explicado no Sulam [Comentário da Escada sobre o Zohar] que "terra" significa Biná, que é a qualidade de doação.
Quando ele corrompeu a qualidade de doação, ele regressou a ser poeira. Ela é chamada "poeira porque a Tzimtzum [restrição] lá tomou lugar e nenhuma abundância de Kedushá [santidade] é lá extraída. É por isso que provamos lá somente o sabor da poeira na Torá e Mitsvot [mandamentos].
Assim, a correcção é assumir sobre si mesmo uma vez mais a qualidade de doação. Contudo, não está no poder do homem fazer isso, pois isso é contra a sua natureza. Por essa razão dizemos, "Escuta, Ó Senhor e perdoa-me.”
“Perdoar” significa como disseram nossos sábios, "Embora ele seja indigno ou merecedor," que é chamado "E Eu perdoarei aquilo que Eu perdoarei." Ou seja, se pedirmos ao Criador para nos dar o poder embora não consigamos fabricar este poder.
Este é o sentido do versículo, "Senhor, sê meu ajudante," tal como disseram nossos sábios, "Não fosse a ajuda do Criador, ele não a superaria."
E tudo aquilo que podemos dar é oração.