Shevat Tav-Shin-Yod-Het, Fevereiro de 1958
“‘E eles estiveram no fundo da montanha.’ Rabi Abdimi Bar Hama Bar Hasa disse, ‘Isto ensina que Ele forçou a montanha sobre eles como um barril e disse para eles, ‘Se aceitarem a Torá, muito bem; e se não, aqui será o vosso enterro.’ Rabi Aha Bar Yaakov disse, ‘Isto apresenta um forte protesto contra a Torá.’ Raba disse, ‘Ainda assim, a geração a recebeu nos dias de Ahashverosh, pois está escrito, ‘os Judeus observaram e aceitaram,’ eles observaram aquilo que já haviam aceitado’’” (Shabat [Sabate] 88a).
No Tosfot, “Ele forçou sobre eles… embora eles já tivessem precedido ‘Nós faremos’ ao ‘Nós escutaremos,’ caso contrário se arrependeriam quando vissem o grande fogo quando sua alma se fosse embora. Por isso ele disse, ‘Não forçaste Tu sobre nós a montanha como um barril?’” (Avodá Zara, 2b), ou seja que não tivesse Ele os forçado, eles não se teriam arrependido. Mas aqui ele diz que eles contestaram a Torá, ou seja por não a receberem, mas uma vez que não observaram há arrependimento.
Devemos interpretar o sentido de forçar sobre eles a montanha como um barril. Devemos saber que há coação por sofrimento e há coação pelo prazer. Uma pessoa quer que o seu amigo faça aquilo que ela quer, seu amigo deve obedecer de duas maneiras: ora por causa do sofrimento, quando ele tem medo dela de que caso ele não faça a vontade dela, ela o aflija, ou por causa de um prazer que o atiça para fazer aquilo que ela quer.