“A pessoa só aprende onde o seu coração deseja"” (Avodá Zára 19).
Devemos entender por que é que a pessoa aprende especificamente onde o seu coração deseja. Segundo esta regra, que a pessoa aprende especificamente onde ela quer, sucede-se que é impossível ensinar a uma pessoa ética se ela não quiser isto. Uma vez que a pessoa não quer escutar palavras de advertência, como pode uma pessoa advertir o seu amigo?
Também precisamos de entender o que disseram nossos sábios, "A pessoa não vê os seus próprios defeitos" (Shabat 119). Respectivamente, como pode a pessoa corrigir as suas práticas se ela nunca vê que elas são corruptas e requerem correcção? Segundo isto, a pessoa sempre permanecerá corrupta.
A questão é que é sabido que o homem foi criado com uma natureza de querer se deleitar somente a si mesmo. Assim, em tudo aquilo que ele aprende, ele quer aprender com isto como pode ele desfrutar.Por essa razão, se a pessoa quer desfrutar, ela não vai aprender outras coisas que aquilo que o seu coração deseja porque essa é sua natureza.
Portanto, aquele que quer se aproximar do Criador e ser capaz de aprender coisas que mostrem meios pelos quais doar sobre o Criador deve orar para o Criador lhe dar um coração diferente, como está escrito, "Um coração puro, cria para mim, Ó Deus."
Por outras palavras, quando há outro coração e o desejo no coração é um desejo de doar, tudo aquilo que ele aprender vai mostrar modos de coisas que mostram somente doação sobre o Criador. Porém, ele nunca verá contra o seu coração, como foi dito sobre isso, "E Eu removerei o coração de pedra de dentro de ti e Eu te darei um coração de carne."
Também, a pessoa não consegue ver os seus próprios defeitos porque ela aprende onde o seu coração deseja. E uma vez que o coração quer alegria e a pessoa não gosta de defeitos, a pessoa não vai desfrutar e deste modo nunca verá os seus próprios defeitos.
O único conselho é orar para o Criador lhe dar um coração diferente, ou seja para entender que nada melhor há que dar contentamento ao Criador.
Nessa altura, será ela capaz de ver os seus defeitos, pois especificamente entendendo que se ela vir o defeito, ela vai ganhar mérito para si mesma pois ela será capaz de corrigir, pois inversamente ela permanecerá com todos os defeitos.
Sucede-se que a divida é o seu privilégio. Nessa altura, será possível examinar o defeito, ao contrário daquele que não trabalha na correcção e que nunca verá os defeitos.