Artigo nº 18, 1991
O Zohar pergunta (Yitró [Jetro], Item 1), “‘E Aarão levantou as mãos.’ Está escrito ‘Suas mãos’ sem a Yod [em hebraico], o que significa uma mão, já que ele teve que levantar a direita sobre a esquerda.” Isso significa que se a direita estiver acima da esquerda, indica que a direita governa a esquerda. Portanto, isso é considerado uma mão.
Devemos compreender o que é “direita” e “esquerda” no trabalho, e que devemos elevar a direita sobre a esquerda.
Sabe-se que “direita” significa plenitude, significando que a pessoa sente sobre si mesma que é uma pessoa completa e não é deficiente na corporalidade ou espiritualidade, pois se contenta com pouco. Por esta razão, esta pessoa pode ficar grata ao Criador por suprir todas as suas necessidades e por se comportar com ela com a qualidade da misericórdia. Ou seja, ele vê que não merece tudo o que tem, e quando olha para as outras pessoas, vê que elas têm muito menos do que ele, e diz que certamente não merece mais do que o resto das pessoas. Essa pessoa está sempre feliz e pode ser grata ao Criador pelo que Ele a recompensou, e ela sente que o Criador a ama e ela ama o Criador. Ele está sempre animado porque o Criador o ama, e ele sempre quer citar salmos e louvores ao Criador. E quanto mais ele pensa no Criador, mais ele desfruta, pois ele sente que Ele é uma alma gêmea e isso lhe dá ânimo elevado, e ele não se preocupa com as deficiências, e ele sente que vive em um mundo que é todo ele bom. Ele sempre anseia por falar com Aquele que o ama, o que significa que ele sempre sente o amor do Criador, e considera as outras pessoas ao seu redor lamentáveis, pois vê que todas elas vivem uma vida triste, valorizando assuntos sem sentido como se fossem a coisa mais importante das suas vidas. E como não conseguem ser saciados, não têm nada com que ser felizes. Ele não tem nada em comum com eles porque quando começa a falar com eles, eles não o entendem. Ele não pode fazer nada por eles, a não ser pedir misericórdia para eles.
Porém, devemos saber que uma pessoa também deve andar na linha esquerda. “Esquerda” significa criticar as suas próprias ações, sejam elas boas ou não. Ou seja, por um lado, ele se contenta com pouco. Mas, por outro lado, ele precisa ver o que está a fazer pelo propósito da criação, porque Seu desejo de fazer o bem às Suas criações não era para que se contentasse com pouco. Em vez disso, Ele quer dar aos seres criados deleite e prazer abundantes e, nesse aspecto, ele vê que está nu e desamparado. Nesse momento, ele não tem outra escolha senão orar ao Criador para aproximá-lo e dar-lhe vasos de doação. Através deles, ele será recompensado com Dvekut [adesão] com o Criador e também será recompensado com a Torá como “A Torá, o Criador, e Israel são um”. Mas enquanto ele não tiver recebido os vasos de doação, e ele vir o quão imerso ele está no amor próprio e é inatamente incapaz de emergir deste governo, mas apenas o Criador pode ajudá-lo nisso, e ele vê mais, que ele não só não avançou no trabalho como regrediu! E às vezes ele chega a um estado em que quer escapar da campanha.
Segue-se que esta esquerda é verdadeiramente oposta à direita, chamada “plenitude”. Nesse momento, ele deveria questionar: “O que devo fazer?” Isto é, uma vez que agora ele vê que a única linha que tinha antes, significando plenitude, agora que essa plenitude é considerada “direta”, uma vez que não pode haver “direita” se não houver “esquerda”, segue-se que esta “esquerda” criou para ele a situação anterior de plenitude como “direita”, e agora ele tem “direita” e “esquerda”. Ou seja, cada uma contradiz a outra.
Porém, devemos saber que uma pessoa só pode andar para frente sobre duas pernas, e não sobre uma só perna, como diz o ARI (no poema “Eu Cantarei os Louvores”), “Direita e esquerda, e no meio uma noiva. ” Devemos interpretar que através da “direita” e da “esquerda”, somos recompensados com a noiva, que é chamada de “A instalação do Shechiná [Divindade]." Mas a pessoa não pode andar com uma perna só.
Portanto, uma pessoa deve levantar as mãos, ou seja, ambas as mãos, onde levantar a mão significa levantar a mão para olhar o que ela tem na mão, ou seja, o que ela adquiriu de todo o trabalho que ela realiza no trabalho do Criador. Contudo, a pessoa deve saber que quando ela olha para a mão esquerda e vê o quão longe ela está do Criador, isso lhe causa separação do Criador, pois quando ela vê que não está bem, nesse estado ela é considerada “amaldiçoada” e “O Abençoado não se apega ao amaldiçoado”. Por esta razão, é preciso mudar para a linha direta, onde a pessoa trabalha num estado de plenitude.
Porém, a plenitude não pode ser construída sobre uma mentira, mas sobre a verdade. Portanto, quando a pessoa levanta a mão esquerda e vê que está cheia de defeitos, como pode então dizer que é um homem completo e agradecer ao Criador pela sua boa situação?
A resposta é que, ao nos contentarmos com menos e dizermos: “Estou feliz por ter algum apoio sobre o trabalho, mesmo que seja Lo Lishmá [não pelo bem Dela], e mesmo que ele não possa superar e trabalhar como convém a alguém que deseja servir ao Rei, e ele agradece ao Criador por recompensá-lo com um apoio no trabalho, na medida em que ele o valoriza, nessa medida ele é considerado uma pessoa completa. Porém, ele deve saber que essa “direita”, com o qual ele se contenta com pouco, é depois de ter caminhado na linha esquerda. Então pode-se dizer que ele se contenta com pouco, ou seja, a esquerda o fez ver o quão cheio de defeitos ele é, então quando ele se contenta com pouco é considerado completo porque valoriza as pequenas coisas no trabalho como sendo importantes. A partir disso, ele pode ascender porque está a dizer a verdade ao se contentar com menos. Por outro lado, quem tem apenas uma linha não é considerado satisfeito com pouco. Em vez disso, ele se considera completo e não satisfeito com pouco.
Isso é semelhante a uma pessoa que recebe convidados e que dá a cada um deles 300 gramas de pão. Há pessoas por aí que estão habituadas a comer 200 gramas de pão, e há pessoas por aí que estão acostumadas a comer 400 gramas de pão. Certamente, não podemos dizer que quem está habituado a comer 200 gramas de pão se contente com pouco, que deveria bastar o pouco pão que lhe é dado, pois para eles 100 gramas de pão já são redundâncias. Pelo contrário, só se pode dizer que aqueles que estão habituados a comer 400 gramas de pão se pode dizer que se contentem com menos, uma vez que precisam de mais mas não têm nenhum. Então pode-se dizer que se contentam com pouco e que estão gratos ao senhorio pelo pão que ele lhes deu, como se o pão suprisse todas as suas necessidades.
A lição é que quando uma pessoa caminha sobre a linha única, ela se contenta com qualquer apoio que tenha sobre o trabalho e entende que está plena, o que significa que não precisa de mais. Em vez disso, ele vê que está num estado de plenitude, enquanto outras pessoas ao seu redor são inferiores em comparação a ele. Segue-se que ele se contenta com menos porque vê que tem mais bens do que outras pessoas.
Mas quando ele levanta a mão esquerda, ou seja olha para o valor de sua posse no trabalho e começa a entender que devemos percorrer o caminho para alcançar Dvekut [adesão] com o Criador, chamada “equivalência de forma”, ele vê que está longe disso. Então, como pode ele ficar feliz por estar a servir ao Criador, quando vê o quão imerso está no amor próprio? Às vezes ele cai numa descida onde vê que está tão baixo que nem sequer quer que o Criador o ajude a emergir do governo do desejo de receber. Assim, como é possível trabalhar no que é a direita, chamado “plenitude”, e que essa plenitude não seja construída sobre a falsidade?
A resposta é que a pessoa acredita na fé nos sábios e diz que os sábios nos disseram que a ordem do trabalho é que a pessoa deve caminhar na linha direta, ou seja, plenitude. Portanto, ela fica mais forte e observa a fé nos sábios, que disseram: “Quem é rico? Aquele que está feliz com a sua parte.” Por outras palavras, ele se contenta com pouco e diz que é grato ao Criador por recompensá-lo com fazer alguma coisa no trabalho, embora seja tudo em Lo Lishmá, mas apenas para seu próprio bem.
Nesse momento, ele não quer trabalhar pelo bem do Criador, e ainda assim ele está satisfeito com a sua parte, mesmo que seja Lo Lishmá. A partir desta alegria, porque ele observa a fé nos sábios, ele pode ser recompensado com a alcançar Lishmá [pelo bem Dela], o que significa que o Criador irá ajudá-lo e dar-lhe a segunda natureza chamada “desejo de doar”.
Segue-se que para que alguém seja capaz de valorizar o trabalho da Torá e Mitsvot [mandamentos/boas ações], isso é somente contentando-se com pouco. Isto é, uma pessoa deve valorizar se tiver apenas um pequeno apoio da espiritualidade e considerar isso uma fortuna. Portanto, quando alguém anda sobre uma linha, ainda não precisa valorizar o pouco apoio que tem, pois não sente que isso seja considerado “pouco”. Pelo contrário, ela sente-se mais ou menos uma pessoa completa e só vê que os outros são humildes. Mas ela, graças a Deus, sente que está a servir ao Criador e fica feliz com isso e se alegra, e pode agradecer ao Criador por isso. Portanto, por um lado, quem anda na linha única é muito bom, pois não tem reclamações ou exigências para Criador, e está feliz e bem humorado.
Por esta razão, essas pessoas não devem ser informadas de que há qualquer defeito no seu trabalho, pois existe uma regra que diz que é proibido revelar uma deficiência no trabalho de um amigo se o próprio amigo não sentir a deficiência, ou pelo menos que seu amigo lhe revela que está insatisfeito com o trabalho. Então será possível dizer a verdade ao seu amigo, que devemos fazer o trabalho sagrado para alcançar Dvekut com o Criador. Caso contrário, considera-se que é mostrada uma carência à pessoa enquanto a pessoa só é capaz de trabalhar na conduta do público em geral e não na conduta dos indivíduos/particular. Sucede-se que estamos a dar um apoio para as Klipot [cascas/peles]. Portanto, quando ele caminha na linha única, ele está bem. Isto é considerado que esta pessoa pertence ao “inanimado de Kedushá [santidade]."
Contudo, pertencer “vegetativo de Kedushá”, significa ter progresso no trabalho, exige que se caminhe em duas linhas, que são chamadas “direita e esquerda”. Precisamos da direita porque é proibido revelar qualquer deficiência, pois onde há uma deficiência na Kedushá, há um apoio para o Sitra Achra [outro lado], como diz o ARI, “Em Ibur [impregnação], precisamos da força de representação e da força de retenção.” Ibur significa que este é o início da entrada do homem na Kedushá. A força representativa mostra a verdade, ou seja, uma representação do trabalho, portanto, se ele tem uma boa representação da situação em que se encontra. Por outras palavras, ela ilumina o trabalho para ele, ou seja, que forma ele tem quando olha para o seu trabalho, esteja ele em plenitude ou não, esteja ele trabalhando em prol de doar ou ainda assim queira trabalhar em prol de doar.
A força de retenção é considerada que quando a força de representação lhe mostra a verdade, que durante Ibur, chamado de “início do trabalho”, ele certamente vê deficiências e pode haver um apoio do Sitra Achra [outro lado]. Portanto, deve haver uma força de retenção para que o feto não seja abortado, ou seja, cair no Sitra Achra. Para evitar um aborto espontâneo, embora haja uma carência, pois a força representativa indica qual é a forma deste trabalho, e a força de retenção é chamada a “direita” porque ele se desloca para a plenitude. Isto é, ele acredita nos sábios que disseram que a pessoa deve estar feliz com a sua parte, ou seja, qualquer apoio que ela tenha sobre a Torá e Mitsvot ela considera isso um grande privilégio, pois vê que há pessoas a quem o Criador não deu o pensamento ou o desejo pelo pouco de apoio que eu tenho. Isso se chama “força de retenção”, para que ele não caia do trabalho e também nasça depois, ou seja, desse trabalho de se manter em Ibur no início do trabalho ele terá duas linhas, direita e esquerda, e será recompensado com o nascimento e com o estar em Yenika [amamentação] de Kedushá. Assim, através da força de representação e da força de retenção, um recém-nascido completo emergirá em Kedushá.
Assim, devemos interpretar o que O Zohar diz, que a razão pela qual está escrito sobre Aarão: “'E Aarão levantou as mãos' sem a Yod [em hebraico], que significa uma mão, é porque devemos levantar a direita sobre a esquerda.” Perguntamos o que isso nos ensina no trabalho. De acordo com o exposto, devemos interpretar que o fato da pessoa caminhar pela esquerda, ela deve ter o cuidado de que a direita esteja sempre mais alta que a esquerda. Ou seja, enquanto ele caminha pela esquerda e olha a representação do trabalho, esteja ele completo ou não, deverá perceber que pode retornar imediatamente para a direita, ou seja, a direita sempre terá maior importância, e que ele precisa da esquerda apenas para ajudar a direita, ou seja, ter espaço para estar sempre na plenitude e no caminho da verdade. Portanto, ele deve ficar feliz com a sua parte, e isso se chama “força de retenção”, pois devemos ter cuidado para que a pessoa não use a esquerda por muito tempo, pois quando alguém levanta a esquerda, ela vê os seus defeitos. E de acordo com a regra, onde há uma carência de Kedushá, há imediatamente um apoio para o Sitra Achra. Segue-se que a pessoa é colocada sob o Sitra Achra e deve, portanto, lembrar que quando entra no estado de “esquerda”, não pretende permanecer na esquerda, mas que a esquerda sirva a direita. Segue-se que então a esquerda não merece o seu próprio nome porque o objectivo não é apenas a esquerda, para o propósito da esquerda, mas porque a esquerda é necessária para o propósito da direita. Por esta razão, a esquerda não merece um nome. Isto é considerado como tendo apenas uma mão, pois ela é anulada perante a direita. É por isso que O Zohar diz que “devemos elevar a direita sobre a esquerda”, e isto é considerado a “sua mão”, e é por isso que está escrito com a falta de uma Yod.
De acordo com o supracitado, devemos interpretar o que dizemos na oração: “Quão boas são as tuas tendas, Jacó, as tuas habitações, Israel”. Sabe-se que Jacó é chamado Yod-Akev [Hebraico: Yaakov (Jacó), Yod-Akev (Yod-calcanhar)], que significa Katnut [pequenez], calcanhar, o fim de Kedushá, como está escrito no Zohar, "Que a Yod que Esaú jogou para as costas, Jacó levou na cabeça.” Devemos interpretar no trabalho que a Yod é chamada Malchut, que é o reino dos céus, chamado “fé”. Esaú não quer usá-la; ela é considerada pó, algo insípido, que ele considera pó. Em vez disso, ele queria apenas trabalhar de uma maneira que pudesse ver o que resulta do seu trabalho, que benefícios ele obtém do seu trabalho. Quando ele ora, ele está disposto a orar de uma maneira que receberá imediatamente o que está a pedir. Quando lhe é dito: “Tens de acreditar que o Criador ouve a oração de cada boca”, o que significa que a pessoa não deve dizer que o Criador ouve apenas a oração de uma pessoa importante, mas se uma pessoa sem importância ora, o Criador não escuta a sua oração, isto, também, é considerado não acreditar que o Criador escuta a oração. Isto é como disse Baal HaSulam, que se deve acreditar no que está escrito: “Pois Tu ouves a oração de cada boca do Teu povo Israel com misericórdia.” Isto significa que qualquer pessoa que peça a misericórdia do Criador deve acreditar que o Criador ouve a oração de cada boca, mesmo que seja a mais humilde.
Segue-se que se ele diz que o Criador não ouve todas as bocas, isso é considerado que ele não acredita. Portanto, mesmo quando uma pessoa vê que sua oração não foi aceita, ela deve acreditar acima da razão, e isso é chamado Yod, significando o reino dos céus. A pessoa deve assumir essa fé, o trabalho que Esaú jogou para trás das costas.
Mas Jacob colocou-a na cabeça. É por isso que é Yod-Akev, onde a Yod é antes do Akev [calcanhar], significando que calcanhar é considerado “fim” e “humildade”, aquilo que a pessoa pisa com os calcanhares. Isso quer dizer que é algo sem importância, e a pessoa toma isso como sua cabeça, ou seja, valorizando, e esse é um trabalho onde a pessoa se considera plena na medida em que foi recompensada com algo. Isto é, na oração, quando ela ora tanto quanto possível, a pessoa deve representar para si mesma e acreditar como se sentisse a existência do Criador, embora veja que o corpo não fica impressionado com o que a pessoa pensa.
Ainda assim, quando ele se fortalece e acredita nos sábios que esse pequeno contato que ele tem com a espiritualidade, ele valoriza e acredita nos sábios que o Criador tem mais contentamento com este trabalho do que com outros trabalhos que uma pessoa pensa, que justamente quando uma pessoa pensa que o corpo concorda com o trabalho, o Criador obtém contentamento com isso. No entanto, uma pessoa acredita que precisamente quando se deve usar o acima da razão, este trabalho é importante para o Criador. Por isso, ela deve trabalhar muito para poder valorizar o trabalho da humildade, quando o corpo discorda do trabalho. Isto ocorre porque quando uma pessoa caminha para a esquerda e entende que ela deve alcançar o grau de “E tu amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração”, que nossos sábios disseram, “com ambas as suas inclinações”, significando que a inclinação do mal também deveria concordar em ser um servo do Criador e, naturalmente, quando uma pessoa vê que o corpo não concorda com o trabalho, ela diz que, em qualquer caso, não há sentido neste trabalho, então por que se deveria ela esforçar em vão? Mesmo assim, ela acredita que este é um trabalho importante.
Isto é como Baal HaSulam disse (Ensaio, “Fé no Rav,”Tav-Shin-Gimel, 1943), que antes de uma pessoa ser recompensada com a autoridade singular, ou seja, quando ela não tem mais autoridades múltiplas, que são os dois desejos, ou seja, um desejo de doar, mas ela também quer usar a vontade de receber para si mesma, uma pessoa não pode saber a importância do seu trabalho. Isto é, ele pode pensar que seu trabalho está em descida, quando isso não é verdade. Além disso, às vezes uma pessoa pensa no seu trabalho como uma subida, o que também não é verdade. Em vez disso, deve-se acreditar com fé nos sábios, que disseram que se deve trilhar um caminho onde se sinta plenitude no trabalho, mesmo que seja de total humildade. Porém, devemos também caminhar um pouco pela esquerda, na medida em que isso sirva à direita.
De acordo com o que foi dito acima, devemos interpretar o que está escrito: “Quão boas são as tuas tendas, Jacó”. Significa que a pessoa deve ver e tentar valorizar e agradecer ao Criador quando ela está dentro da “tenda de Yod-Akev”, ou seja, num estado de “calcanhares”, que é o fim de Kedushá e dizer: “Que bom”. Por outras palavras, ele não tem intelecto suficiente para valorizar este estado e dizer que é um bom estado, e agradecer ao Criador. Depois, ao valorizar a “tenda de Yod-Akev”, ele será recompensado com as “habitações de Yashar-El [Israel]”, onde Israel já é considerado Rosh [cabeça]. Segue-se que através do grau de Yod-Akev, ele será recompensado com Gadlut [grandeza] e a Rosh do grau, chamado “Suas habitações, Israel”.