Perguntas e Respostas do Kabbalah Fundamentals com Tony Kosinec 2006, 11, 29.
Pergunta: [Nome] da Califórnia, Então o Criador está sempre a trabalhar sobre nós à medida que começamos a sentir o Criador, e à medida que temos mais e mais desejo pelo Criador?
Resposta: Sim, não existe nada fora do "desejo de receber" que não seja o Criador. Dizem que.. Existem afirmações na Bíblia que dizem, "eu não mudo o meu nome", ou pegando no conceito do "Shabbat" que é um tempo de descanso - "a luz está sempre em descanso" - ou seja, o Criador sustem e guia-nos, sempre. Está sempre a desenvolve-lo, sempre a apoia-lo. Está sempre no nível seguinte a dizer "Vem Ver."* Sempre. Sempre pelo progresso de, prazer e desejo, uma "necessidade crescente", um vazio e um preenchimento.
O Criador está a trabalhar sobre nós constantemente é a única
coisa que está a acontecer, a nossa percepção do que é e o grau de Amor que está a ser exercido sobre nós, à medida que experimentamos o que chamamos de positivo e negativo. É isto que estamos a tentar visualizar para além, ver através..
P: [Nome] de Dallas, então, à medida que estas modificações são feitas aos nossos desejos, isto significa que as restantes nações ou desejos no nosso coração passaram a estar em sincronismo com estas?
R: Sabe, o que acontece é que, um grande desejo "eclipsa" um desejo menor. Na verdade só podemos ter um desejo de cada vez. Tudo na realidade se transforma, o propósito. Não significa que o desejo em si muda, e não pode trabalhar directamente sobre os seus desejos.
A única coisa sobre a qual pode trabalhar, é - tal como disse, temos de receber, fomos feitos dessa forma. Fomos criados perfeitamente nesta forma, mas transformamos-a. Por outras palavras a transformação não é sobre "o quê". Não é sobre o facto de que tem determinado desejo. É sobre o "porquê" do desejo, "porque motivo estou a recebe-lo". Então à medida que a atenção e anseio por algo maior e global, aumenta, "engole" todos os outros desejos. Eles ainda lá estão mas começam a trabalhar para motivos diferentes. Se não tivesse um desejo de comer, não conseguiria sobreviver.
Estas coisas básicas colocadas sobre o nosso sistema autonómico de existência têm de lá estar, é por que motivo as utilizamos. E não nos podemos enganar a nós mesmos e dizer "ok, agora vou utiliza-lo desta forma". A Força Superior sabe precisamente onde nos encontramos e está sempre a enviar-nos situações para que tomemos as mudanças necessárias que irão "engolir" os nossos medíocres e menores desejos para desenvolver desejos superiores.
Então, sim, tudo se transforma porque o significado de tudo se transforma. Recorda-se daquela imagem 2D\3D? Ela não tinha significado aparente e o que foi por fim revelado era o significado e intenção por trás dela. Ela não mudou, continuava bidimensional, quasi-tridimensional, continua na mesma. Mas o que é revelado é o propósito, a direcção, o vector da vida.
P: [Nome] da Filadélfia, alguma substância no que diz respeito ao significado é perdida na tradução dos textos da sua língua original?
R: Bom, antes de mais. Se souber como, se desenvolver uma habilidade de "escutar", tudo será transmitido. O estudante tem de se elevar ao nível do texto em si, tem de se elevar ao nível do pensamento do autor. Mas isto não é possível de qualquer forma sem um ensinamento oral. Esta foi uma das coisas que tem faltado ao longo de milhares de anos. Um ensinamento oral revelado. Temos de ter um Rav que pertença à linhagem deste ensinamento que nos possa mostrar como começar a "escutar", ver e ler na linguagem das ramificações.
Então, em primeiro lugar é uma forma de sentir, ele fala-nos apenas acerca de como usarmos a nossa existência. Como ouvimos e como sentimos.
E sim, se olharmos para os textos em hebraico, e isto a um nível muito avançado - assim que já souber a linguagem das ramificações- é muito compacto, é como que multi-dimensional, é compacto. Mas precisamos de saber hebraico para aprender a Cabala? Não, não precisamos. Na realidade se não soubermos hebraico, provavelmente não iremos fazer associações erróneas e materializadas com a terminologia, que é usada na religião para fins diferentes.
Por esse motivo, não, e podemos avançar bastante longe antes deste se tornar uma necessidade.
P: [Nome] do Kansas, que tipo de acções temos de tomar para mudar uma fase muito má na nossa vida.
R: Temos de ser capazes de sentir o pensamento do Criador por detrás do motivo de nos ter enviado o que estamos a experimentar como algo vazio ou negro. E saber reconhecer que nos está a dar uma necessidade de algo superior e melhor. É uma força que nos faz avançar para nos desenvolver a entrar na espiritualidade e não para que fiquemos preocupados ou obcecados com a nossa vida "interna" acerca de nós mesmos mas para que saibamos reconhecer que precisamos de mudar todo o território da nossa vida "interna" para um lugar onde, um pensamento similar ao pensamento que nos deu esta situação para o melhor dos nossos interesses.
Temos de tentar elevar-nos a esse nível, pois estas fases más são as melhores prendas que podemos alguma vez receber de Cima. Assim que sabemos que existe alguém que Dá e alguém que Recebe, de que existe um sentido na vida e um objectivo.
P: [Nome] de Illinois, se uma pessoa sente desde infância uma necessidade de voltar ao Criador, isso implica que ele\ela alcançou determinados níveis em vidas passadas?
R: Sim implica. Significa que tudo o que fazemos acumula na nossa experiência à medida que nos desenvolvemos. Qualquer concretização, qualquer percepção adere a nós. E vimos a esta vida com coisas que acumulamos em vidas passadas mas como aspectos da nossa Natureza.
Por exemplo, conseguimos ver como as crianças que nascem hoje conseguem de imediato trabalhar com computadores e coisas complexas, conseguem perceber conceitos como um holograma que seria considerado misticismo há, 15 anos atrás?! Em que o todo está numa das partes e uma das partes está no todo. Os miúdos conseguem perceber estas coisas imediatamente e percebe-las naturalmente.
Por esse motivo sim, este desejo de avançar para o Criador significa que ao longo de milhares de anos de desenvolvimento - e iremos ver que não existe tempo na realidade - mas que ao longo do desenvolvimento dos desejos. Mas iremos chegar a um ponto em que vamos querer de forma natural uma busca pelo Criador. Isto aplica-se a si, ao individuo e à Humanidade no seu todo.
*NOTA: Uma das palavras hebraicas para o nome do Criador é "Boreh". Constituída por duas palavras, "Bo", significa "Vem" "Reh" significa "Ver". Por outras palavras é um convite.
O "Kabbalah Fundamentals" com Tony Kosinec e Mike Kellog (autor de "Wondrous Wisdom") está disponível para download na totalidade em www.kabbalah.info