Traduzido de: Kabbalah, Science & The Meaning of LifeDr. Jeffrey Satinover IN Kabbalah, Science and the Meaning of Life - Rav Michael Laitman PhD
DR JEFFREY SATINOVER
Dr. Jeffrey Satinover licenciado em M.I.T. (Ciências Biológicas), Harvard (Mestrado de Educação), Universidade do Texas (Doutoramento em Medicina) e Yale (Mestrado em Ciência). Completou um treino psicanalítico no Instituto C.G. Jung de Zürich. Foi um membro da unidade de Psiquiatria e Psiquiatria Infantil em Yale, onde lhe foi atribuído duas vezes o prémio de pesquisa do Departamento de Psiquiatria de Seymour Lustman (2º Lugar). Foi-lhe atribuído em 1975 o prémio de palestra de William James Lecturer em Harvard. Até recentemente, estaria a ensinar no Departamento de Física na Universidade de Yale.
Hoje, o Dr. Satinover está a terminar o seu doutoramento em Física Quântica na Universidade de Nice em França e ensina lei constitucional na Universidade de Princeton. O Dr. Satinover escreveu 5 livros bem sucedidos que foram traduzidos para 9 línguas e vendeu centenas de milhares de exemplares. O seu livro mais famoso, The Quantum Brain, estipulou novos padrões na ciência popular e foi acolhido pela critica. Este livro toca entre vários temas: matemática, ciência, computadores, física quântica e inteligência artificial. Outros dois livros de Satinover tornaram-se bestsellers: Cracking the Bible Code e Homosexuality and the Politics of Truth.
O Dr. Satinover é também uma das figuras do documentário What tнe #$*! Dө ωΣ (k)πow!?
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Toda a teoria pode ser provada errada. A Teoria Quântica, também, é apenas uma teoria e poderá provar-se errada. Até porque, mesmo hoje existem cientistas que a consideram errónea e estão a pesquisar alternativas.
No mundo da ciência, é frequente que uma teoria caia e que outra ascenda ao seu lugar. Porém, existe uma distinção subtil que deve ser feita neste ponto. Vou explica-lo comparando a teoria Newtoniana com a teoria da relatividade de Einstein. Primeiro, vamos assumir que existe um pau e que se está a movimentar no espaço. De acordo com Einstein, se fizermos o pau mover-se extremamente rápido, ele começa a encolher. De acordo com Newton, independentemente da velocidade, o pau permanece como é. Então, temos duas teorias competitivas.
Alguns dirão que a teoria de Newton é completamente falsa e que a de Einstein é correcta. Certamente, se olharmos para a questão superficialmente, esta será uma afirmação verdadeira. No entanto, o facto é que o domínio desta afirmação é falso.
A forma precisa de decidir entre duas teorias é a de dizer que a teoria de Newton chega ao seu limite em relação à de Einstein. Isto significa que nas circunstâncias mais normais, os paus não se conseguem mover sequer perto do que nos pode levar a vê-los encolher. Então, em maioria dos casos, a explicação de Newton é geralmente correcta. Não apenas no que diz respeito a velocidades comuns, mas também seria verdade se acelerássemos a tal ponto a velocidade que conseguíssemos ver o pau a encolher.
Se a ciência descobrir uma nova teoria que diga que a descrição dos dias de hoje acerca da realidade pela física quântica é uma teoria que atingiu o seu limite, então tudo o que foi dito acerca da teoria quântica permanecerá verdadeiro. Se afirmares que é incorrecta, então terás de demonstrar que é totalmente e essencialmente falsa. Tal possibilidade existe sempre, teoricamente, mas a física quântica já há muito se afirmou como uma teoria cientificamente bem sucedida na história da ciência, passando mais testes rigorosos que qualquer outra teoria à data. Então, é altamente improvável que seja essencialmente refutada.
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Na sua origem, a ciência era baseada numa visão religiosa do mundo, percebendo o mundo como uma entidade viva. onde diversas forças espirituais operavam, tais como fantasmas e demónios. Mais tarde apareceu a ciência mecânica que determinou que a anterior teoria era uma completa falácia, e que o mundo poderia ser compreendido melhor através dos princípios mecânicos da física e química.
A ciência mecânica determinou que não existiam fantasmas ou demónios que vagueavam, e operavam a matéria. Em vez disso, afirmou que a matéria é operada por causa e efeito. Reacções químicas não acontecem de acordo com os fantasmas da alquimia, mas de acordo com uma reacção química quantificável que pode ser mecânicamente controlada pela matemática.
Esta abordagem mecânica tornou possível o nosso enorme progresso em compreender a matéria e o seu modus operandi. Também nos levou a numerosas inovações tecnológicas que nos beneficiaram durante muitos anos. Como dito anteriormente, a ciência moderna é fundamentalmente baseada nesta visão do mundo.
Até aos anos 30, a crença predominante era de que a biologia era diferente de todas as outras ciências. Era acreditado que embora um organismo vivo seja feito de químicos, era no entanto operado por uma entidade viva que não era mais que mera matéria.
No entanto, a evolução da biologia contemporânea poderia tomar lugar apenas depois de descartar a ideia da entidade viva. Professores insistiram em apoiar o antigo conceito foram dispensados das universidades. Então, a engenharia molecular moderna, biologia molecular e farmacologia progrediram através da abordagem mecanicista e sem-vida, de reduzir bio-sistemas a nada mais que máquinas complexas.
Há um ponto muito interessante no que diz respeito à ligação da física e outras ciências: Todas as outras ciências - química, biologia, zoologia, antropologia, sociologia e toda a outra ciência - desenharam o seu modelo de estudo de acordo com a percepção mecanicista da ciência rainha - a física. Na realidade, este processo continua ainda hoje.
Em muitas universidades pelo mundo fora, muitas ciências estão por se adaptar aos modelos do século XIX da física. O problema é que a física já abandonou esses modelos. Mesmo a biologia molecular, que estuda os mais minúsculos objectos, está para se voltar ao caminho que a revolução quântica pavimentou.
Há cerca de um ano atrás, dei um curso no departamento de bioquímica da Universidade de Toulouse, França. O chefe do departamento não estava a par do facto de que para compreender o processo evolucionário das proteínas, temos de ter em conta os efeitos quânticos em consideração, e por esse motivo é que não pode ser compreendido em termos da mecânica clássica. Este é apenas um exemplo de como até ciências "fundamentalistas" como a bioquímica ainda não interiorizaram as implicações da mecânica quântica.
Mesmo quando joga em casa, na física, muitos dos físicos ainda não atingiram as implicações da descoberta de que existem acontecimentos que ocorrem no universo físico sem que sejam completamente determinados por acontecimentos anteriores. Este conceito é ainda chocante à percepção cientifica que existe pelo mundo fora.
Estamos no meio de um processo lento do progresso de uma revolução conceptual. Mais e mais físicos, biofisicos, e cientistas biomoleculares estão a começar a compreender o impacto da mecânica quântica. No entanto, apenas uma mão cheia deles reconheceu a evolução que envolvem os efeitos quânticos no processo designativo dos organismos. Quando estes cientistas começaram a enfrentar esta revolução conceptual, alguns deles atingiram o que isso implicava - que a visão mecanicista das coisas estava ultrapassada, que algo mais teria de aparecer para a substituir.
Numa nota pessoal, gostaria de dizer que mesmo em jovem, senti que os mistérios do mundo físico escondiam um significado muito profundo. Mesmo antes de começar a estar a física quântica, assumi que se mergulhasse nas suas profundezas isso me levaria ao mundo espiritual. Juntamente com isto, sempre fui intuitivamente atraído à Kabbalah. Sempre que a cruzei na sua forma genuína, senti que manifestava uma verdade que lhe é inerente.
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