Do Exílio ao Êxodo
Traduzido de: Kabbalah Today Issue #2
Por Oren Levi
De acordo com os Cabalistas, a palavra Mitzraim (Egipto) está dividida em duas palavras—Meitzar (um estreitamento, estreito) e Yam (mar). Precisamente antes de alcançarmos a espiritualidade e unidade com o Criador, sentimo-nos pressionados entre duas forças internas que parecem estar a puxar-nos em duas direcções opostas. Mas estes estreitamentos são na verdade o portal para a eternidade, se e quando queremos verdadeiramente andar por eles.
Tal como todas as histórias Bíblicas, a história do êxodo de Israel do Egipto tem um muito maior significado do que o debate se os Israelitas caminharam ou não através do Mar Vermelho. Se você ler esta alegoria com o olho de um Cabalista, irá descobrir que toda a palavra neste conto familiar recebe um sentido profundo e até sagrado.
Toda a palavra na Torá (Pentateuco) reflecte uma certa forma de ligação com o Criador. Moisés, o protagonista na história do Egipto, representa não apenas um tipo especifico de contacto com o Criador, mas é o próprio desejo de fazer esse primeiro contacto com Ele, a cabeça-da-ponte.
Está escrito no Mishnah (Sutah 9:15) que no fim dos tempos, impudência, ou egocentrismo, irão pairar. O texto descreve a essência da geração que irá estar viva no fim dos tempos, o tempo do Messias, como "a face da geração é como a face de um cão.”
A transição de estar numa geração egocêntrica (como um cão) a uma centrada no Criador (como Deus) é descrita na Torá como “o atravessar do Mar Vermelho.” Curiosamente, o nome Hebraico para o Mar Vermelho é Yam Suf, dado que, de acordo com o Livro do Zohar (Parte 2, pág. 56), Suf na verdade quer dizer Sof (fim). Por outras palavras, quando o Moisés dentro de nós usar todos os "truques na cartola" para nos puxar para fora do Egipto e para o Criador, iremos encontrar-nos perante as margens do Mar, o fim da estrada. E quando a esperança estiver (praticamente) perdida, o mar irá quebrar-se em dois, e iremos atravessa-lo para a liberdade, e para o Criador.
Quando alcançamos o Yam Suf, iremos passar para o outro lado. Além do mais, iremos fazê-lo com a ajuda do Criador, que irá bloquear os Egípcios (o nosso egocentrismo), e abrir o nosso caminho para a liberdade através de Moisés (a parte em nós que se concentra no Criador).
No fim do dia, a Passagem (Pesach) é o fim do dia anterior, mas também o principio do amanhã e a expectativa para a nossa nova liberdade.
Materiais Relacionados:
Obtenha um curso gratuito no Bnei Baruch Learning Center! Inscreva-se para começar um curso de aprendizagem própria imediatamente &/ou juntar-se ao curso de vídeo ao vivo que começa a 6 de Janeiro, 2010. Clique aqui para se registar
Clique Aqui para Receber o mais recente conteúdo de Cabala via E-mail
Material Relacionado:
Kabbalah Today - O Jornal